domingo, 15 de fevereiro de 2009

7. A Pesquisa Científica - como projetar - 2ª parte

7. A Pesquisa Científica - como projetar - II

Na Metodologia da Pesquisa, quando da construção de um projeto de trabalho científico, na fase de INTRODUÇÃO, após o estudo da obtenção de tema, da escolha e formulação do problema e do levantamento de hipótese, seguem-se interpretações das suas justificativas, sobre os objetivos (geral e específico) de cada empreendimento, da revisão da literatura, e da metodologia empregada, mais previsões de custos e o cronograma, todas peças importantes na continuação do projeto de um estudo.



7. 1 Justificativas



Segundo a maioria dos consultores em Metodologia da Pesquisa, nesta oportunidade o pesquisador tem que declarar os motivos de ordem teórica ou prática que justificam a realização de sua investigação, destacando as contribuições para compreender, interpretar e/ou solucionar o problema a ser estudado.

Esta também é uma das partes mais importantes de um projeto de pesquisa, já que é aqui que se formularão todas as intenções do autor da pesquisa. A justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador, o problema e a hipótese levantada são de suma importância de ser comprovada, para a sociedade ou para alguns indivíduos.

A justificativa de um projeto é a argumentação da validade do estudo proposto. A justificativa não fala do tema em si, mas da sua importância enquanto objeto de pesquisa. Na análise de um projeto, esta peça constitui-se de fundamental importância para sua aprovação ou não (BEBBER; MARTINELLO, 2002, p. 35).

Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a hipótese levantada, ou seja, não tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.

justificativa: mostrar o porquê do valor ou significado da proposta de estudo. Não apresenta citação, e sim a criatividade e capacidade de convencer através do conhecimento construído pelo pesquisador. Deve evidenciar a relevância social e acadêmica do assunto, além de explicitar a viabilidade de efetivação (In: Normalização de Trabalhos Acadêmicos da UnC).

Por que minha pesquisa é importante? Qual a contribuição que a pesquisa poderá trazer para o problema investigado? Análises acerca da atualidade do tema tornam-se importante, é um tema atual? Quem está ou já estudou? e sob que recorte? quando foi ou foram realizados estes estudos? Aqui, não se trata de indicar as referências bibliográficas, pois estas farão parte do referencial teórico (VER ADIANTE). Estas questões podem ajudar o pesquisador a construir seus argumentos em relação a insuficiências de informações sobre o seu tema e, em que isso implica do ponto de vista prático, metodológico e/ou teórico.

Espera-se [...] que o pesquisador indique a relevância do seu estudo, considerando aspectos relativos a avanços acadêmicos ou teóricos dentro do campo estudado ou implicações de caráter prático, assim como a possibilidade de contribuir para o aperfeiçoamento de aspectos metodológicos. Respostas a perguntas tais como “A eu pode interessar os resultados da pesquisa?”, ou “Quais são as perspectivas de aplicação científica, tecnológica ou social?”, ou “Que lacunas de pesquisa o estudo preenche?” ou ainda, “Qual a originalidade do estudo em termos de conteúdo, enfoque ou metodologia?”, são capazes, também de esclarecer a importância da pesquisa (BASTOS, et al,1998, p. 2).

Neste item do projeto, além de expor os motivos de ordem pessoais e/ou institucional, o pesquisador apresenta argumentos quanto à importância do ponto de vista social, acadêmico e/ou científico de realizar uma pesquisa acerca da temática, e indica fatores teóricos e/ou práticos que tornam viável a realização do seu projeto. O proponente de uma investigação tem que convencer seu leitor da importância da sua pesquisa. Explicar a contribuição que ela pode trazer para compreensão ou solução do problema estudado.




7. 2 Objetivos


Os objetivos de um trabalho científico dividem-se em objetivos “geral” (um, genérico) e “específicos” (vários, complementares do geral). Segundo Lakatos; Marconi (2001), o objetivo geral possui uma visão global e abrangente do tema, e está vinculado à significação da tese proposta pelo projeto. É neste sentido que se afirma que o objetivo geral consiste numa resposta à pergunta formulada pelo problema de pesquisa. Entretanto, apesar das recomendações, alguns autores não consideram necessário separar ou subdividir os objetivos, alegando que não há regra oficial a ser cumprida quanto a isto.

A fase chamada de “definição dos objetivos” tem a ver com: para o que você vai fazer a pesquisa ou o que se pretende alcançar com a pesquisa, quais os propósitos que o estudioso, enquanto pesquisador, tem ao buscar dados que sirvam para a produção de conhecimentos relacionados ao problema levantado, qual contribuição pretende dar. Tem-se assim que os objetivos decorrem do problema, ou seja, são definidos tomando como base o problema da pesquisa. Eles são construídos a partir do problema e respondem ao “para que” a pesquisa.

A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, de fim. Ao definir os objetivos, o pesquisador amplia as possibilidades de conhecimento sobre o problema, tornando mais explicito o sentido, a utilidade, o produto e o resultado esperado da pesquisa a que propõe elaborar.

Importante: Os enunciados de objetivos sempre iniciam por verbos incoativos, que iniciam uma ação, sem determinar fim, ou seja, por um verbo no infinitivo. Para se definir os Objetivos é obrigatório colocá-los começando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa, fazer, estudar, buscar, concretizar, efetivar, etc..


Objetivo Geral

Por ser a espinha dorsal do projeto, o chamado Objetivo Geral precisa expressar claramente aquilo que o pesquisador pretende com sua investigação. Não é o que vai fazer (procedimentos). Em se tratando de investigação e não de ação (intervenção), os estágios cognitivos poder ser: conhecer, compreender, aplicar, analisar, sintetizar, avaliar, dentre outros.

Objetivos Específicos

Na continuação, complementando a idéia do objetivo geral, temos que os objetivos chamados de específicos, “apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, por outro, aplicá-lo a situações particulares” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 219). Os objetivos específicos podem ser melhor compreendidos como sendo etapas de solução do problema, contidas no objetivo geral. Dessa maneira, os objetivos específicos não podem, em hipótese alguma, ultrapassar os limites estabelecidos pelo objetivo geral.

Nos objetivos específicos (sempre mais de um), o problema da pesquisa pode ser detalhado em tantas partes quantas forem possíveis ou necessárias para se alcançar o objetivo geral. Neste caso, ao definir os seus objetivos específicos, você, estudante, estará particularizando as diversas situações contidas no objetivo geral. Os estágios cognitivos podem ser orientados no sentido de diagnosticar, identificar, examinar, verificar, relacionar, realizar, pesquisar, sugerir, dentre outros.


UM EXEMPLO:

Objetivo Geral:

Identificar técnicas de seleção de pessoal que permitam reduzir o índice de rotatividade do pessoal dentro da organização

Objetivos Específicos:

1. Demonstrar os problemas e prejuízos de um alto índice de rotatividade de pessoal;
2. Analisar as técnicas de seleção hoje adotadas pela organização;
3. Analisar as técnicas de seleção recomendadas pela literatura de recursos humanos;
4. Identificar as técnicas mais adequadas às características da organização.

Na formulação dos seus objetivos, o pesquisador deve considerar o que de fato quer alcançar com a pesquisa. Lembremos que existe uma diferença entre investigação e ação.

O documento que trata da Normalização dos Trabalhos Acadêmicos na UnC defende que:

objetivos: o que se quer atingir, para quê e para quem, divididos em geral e específicos: (i.1) objetivo geral: deriva do problema, indicando a grande ação do estudo proposto. Deve iniciar com verbo no infinitivo (investigar, analisar, realizar, etc). Não deve ser tão ambicioso sendo impossível de alcançá-lo, nem tão modesto que se atinja facilmente; (i.2) objetivos específicos: ações específicas que permitirão atingir o objetivo geral, sendo mais detalhados. Devem estar em uma seqüência de ações. A execução do conjunto dos objetivos específicos resultará no alcance do objetivo geral e, conseqüentemente, na resposta ao problema de pesquisa.

Silva e Menezes (2001, p. 31) citam alguns verbos que podem ser usados:

I. Determinar estágio cognitivo de conhecimento: apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registrar, relatar, nomear.
II. Determinar estágio cognitivo de compreensão: descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar,identificar, localizar, traduzir e transcrever.
III. Determinar estágio cognitivo de aplicação: aplicar, empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar.
IV. Determinar estágio cognitivo de análise: analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar, experimentar.
V. Determinar estágio cognitivo de síntese: articular, compor, constituir, coordenar, reunir, organizar, esquematizar.
VI. Determinar estágio cognitivo de avaliação: apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, selecionar, validar, valorizar;



7. 3 Revisão da literatura / Fundamentação teórica



Nesta parte do projeto de pesquisa, o investigador informa o estado do conhecimento acerca do seu objeto de estudo, tomando como referência os estudos já publicados sobre o assunto. As obras (autores) que constituem marcos de conhecimento da sua área são analisadas, em um texto de elaboração própria, em que o pesquisador faz uma apreciação do conteúdo das obras.

Bebber; Martinello (2002), têm que todo trabalho de pesquisa, seja ele qual for, necessita de uma listagem de documentos escritos que lhe dêem o suporte teórico, lembrando que nenhuma descoberta científica parte do nada, do zero.

Em face disto, é necessário que todo o projeto venha acompanhado de fontes, sobre as quais se fundamentará o novo trabalho. Esta listagem de livros ou fontes pode vir acompanhada de um breve sumário, indicando os conteúdos pertinentes ao objeto da pesquisa (BBEER; MARTINELLO, 2002, p. 39).

O proponente da pesquisa deve:

• Demonstrar o seu conhecimento acerca da literatura básica sobre o assunto, resumindo os resultados de estudos de outros autores;
• Apresentar em blocos de assunto, mostrando a evolução do tema de forma integrada;
• Fazer citações de obras de outros autores que vão fundamentar teoricamente o trabalho;
• Fazer uma análise interpretativa própria das idéias dos autores consultados;
• Toda obra analisada precisa constar na lista de referências e referenciar as menções conforme a ABNT.
• Constituir o seu quadro de fundamentação teórica, não esquecendo de se preocupar com a ordenação da idéias e lembrando que o texto tem que ter seqüência lógica (início, meio e fim).

Para a revisão (o levantamento) da literatura sugere-se ao proponente da pesquisa observar:

a) Locais de coletas > Determine com antecedência que bibliotecas, arquivos, acervos, agências governamentais ou particulares, instituições, empresas, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.

b) Registro de documentos > Esteja preparado para fazer fichas ou copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias scanner,ou outro meio qualquer.

c) Organização > Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa.

O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis: a - nível geral do tema a ser tratado (relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto). b - nível específico a ser tratado (relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado.

Um bom aproveitamento nos estudos, além da eficiência na leitura, supõe o uso de alguns apontamentos, (como sublinha, esquema, resumo, resenha, ficha ou sumário) ou a aplicação sistemática e habitual de outras técnicas que facilitam a compreensão, a retenção, a memorização e, ainda, a documentação posterior (BASTOS; KELLER, 1993, p. 44). Tomar apontamentos é transladar, formal ou conceptualmente, os dados, fatos ou proporções notáveis de uma fonte oral ou escrita, para um caderno, pasta ou fichário de uso pessoal.

Sobre esta parte – do referencial teórico – as normas da UnC dizem que o aluno deve construir uma moldura conceitual do tema, fazendo a ligação entre a bibliografia pesquisada e o problema formulado. O assunto deve apresentar os seus limites e confrontações, contendo citações e depoimentos de autores, com a devida referência e argumentações. Esta seção do projeto serve para dar embasamento teórico na realização da pesquisa:

Com efeito, o referencial teórico também mostra o entendimento do pesquisador acerca do assunto, bem como os autores utilizados. Assim, o conteúdo mostra se existe uma visão parcial da teoria ou se está contemplando diversos autores e correntes de pensamento. Também é nesta seção que o autor do trabalho deve mostrar domínio da escrita, afinal, este esforço permite que se tenha contato com as principais obras sobre o tema que se pretende estudar. Um referencial teórico consistente e bem elaborado facilita o andamento da pesquisa. Ele clareia e dá novas idéias sobre as possíveis soluções para o problema, além de indicar os passos que já foram dados em pesquisas anteriores.
Para aumentar a consistência do referencial, sugere-se que sejam usadas, principalmente, publicações científicas e artigos publicados em eventos de relevância na área. Estes textos, além de garantirem a cientificidade do trabalho, são fontes ricas de experiências e estudos já realizados. Desta forma, um estudo pode se tornar mais confiável e objetivo, tanto quanto for a qualidade das referências utilizadas (In: Normalização de Trabalhos Acadêmicos da UnC. Internet).




7. 4 Método


O conhecimento científico, tal como conhecemos hoje, data de um período muito recente. O caráter científico dos estudos e pesquisas só adquiriu status de ciência na idade moderna da história, quando a ciência moderna passou a determinar um objeto específico de investigação, necessitando criar um método para estabelecer o controle desse conhecimento. Com a utilização do método, a ciência passou a produzir conhecimento sistemático, mais preciso em relação às outras formas. Hoje sabemos que a verdade absoluta em relação ao conhecimento não existe, ele é sempre aproximado. Com o conhecimento científico, os cientistas e pesquisadores começaram a descobrir relações universais e necessárias entre os fenômenos, permitindo a previsão de acontecimentos e um agir sobre a natureza de forma mais segura.

Na ciência, não existe um método único para a investigação e, segundo KÖCHE, “[...] há tantos métodos quantos são os problemas analisados e os investigadores existentes” (1978, p. 34). Para ele, “Não existe um modelo com normas prontas, definitivas, pelo simples fato de que a investigação deve se orientar de acordo com as características do problema a ser investigado, das hipóteses formuladas, das condições conjunturais e da habilidade crítica e capacidade criativa do investigador” (op. cit).

A palavra método deriva do grego e quer dizer caminho. Método então, no nosso caso, é a ordenação de um conjunto de etapas a serem cumpridas ordenadamente no estudo de uma ciência, na busca de uma verdade ou para se chegar a um determinado conhecimento. Pergunta-se: Qual o melhor procedimento para se atingir um conhecimento mais seguro?


Métodos científicos:


a) Método Dedutivo (racional) > do geral ao particular = racionalismo

O pensamento é dedutivo quando, a partir de enunciados mais gerais dispostos ordenadamente como premissas de um raciocínio, chega a uma conclusão particular ou menos geral. Uma definição bem simples para o termo Dedução: É conclusão baseada em algumas proposições ou resultados de experiências.

Segundo Richardson (1999), o Método Científico Clássico sempre é caracterizado pela observação da realidade que conduz o investigador a:

> Formulação de um problema
> Busca de informações sobre esse problema
> Levantamento de hipóteses
> Predição do resultado de teste e das hipóteses
> Procedimentos de experimentação
> Aceitação ou rejeição das hipóteses

b) Método Indutivo (experimental) > do particular ao geral = empirismo

A indução é um processo de raciocínio inverso ao processo dedutivo. Enquanto a dedução parte de enunciados mais gerais para chegar à conclusão particular ou menos geral, a indução caminha do registro de fatos singulares ou menos gerais para chegar à conclusão desdobrada ou ampliada em enunciado mais geral. Compreende as fases de observação, hipótese e experimentação.

O método indutivo (ou de indução experimental) pode ser sintetizado nos seguintes passos:

> Observação do fenômeno
> Análise dos elementos constituintes do fenômeno, estabelecendo as relações entre eles
> Indução de hipóteses a partir da relação dos elementos do fenômeno
> Verificação das hipóteses através do experimento
> Generalização do resultado do experimento, obtendo-se uma lei a partir da confirmação das hipóteses.

Uma definição para o termo Indução: "Processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas" (Lakatos, Marconi, 1991, p. 47).

c) Método dialético

Este método se caracteriza pelo confronto entre dois enfoques contraditórios sobre um mesmo tema, resultando uma compreensão mais abrangente sobre a questão. A dialética incorpora as duas dimensões anteriores – dedução e indução - que não contemplam a subjetividade das ciências humanas.



7. 5 Procedimentos metodológicos (ou Metodologia)



Para alguns autores, num projeto de pesquisa a parte que trata especificamente da “metodologia”, vem logo a seguir à parte introdutória (tema, problema, hipótese, objetivos e revisão bibliográfica), ou seja, faz parte não da introdução, mas do desenvolvimento. Entretanto, há outros autores que incluem a metodologia no corpo da primeira etapa, a introdutória, considerando que todo o trabalho de investigação possui inter-relação direta dos objetivos com a metodologia empregada = um em função do outro.

Para nós, esta colocação dos procedimentos metodológicos no corpo do projeto, depende do tipo de pesquisa a que se propõe o investigador e das técnicas a serem utilizadas. Tanto para uma forma ou para outra, a metodologia insere-se: ou no final da parte de introdução ou no início na parte de desenvolvimento.

A metodologia responde basicamente a três perguntas: De que se trata? Como foi realizado o estudo? Quais as suas limitações? Conforme Castro (1977) “a metodologia especula, através da ciência, interesses sobre problemas práticos”. Como, com quê, onde será feito o estudo, tanto do ponto de vista teórico, como prático. Máttar Neto (2002, p.144) diz, que a “[...] metodologia deve descrever por quais meios as hipóteses levantadas serão testadas e verificadas e como serão trabalhados e configurados os resultados desses testes.” Deve-se seguir os passos e detalhar as etapas a serem concretizadas:

1. natureza e tipo de pesquisa;
2. técnicas e instrumentos de coleta de dados;
3. delimitação do universo (se houver);
4. tipo de amostragem (se houver);
5. procedimentos para análise de dados.




7. 5. 1 Pesquisas envolvendo seres humanos e animais – ALERTA!



Quando da elaboração de um projeto de pesquisa que envolverá seres humanos e animais, obrigatoriamente, o aluno ou docente pesquisador deverá explicitar na parte que trata da metodologia:

1. Amostra (descrição das características da população a estudar: tamanho da amostra, faixa etária, sexo, cor (classificação do IBGE), estado geral de saúde, classes e grupos sociais);
2. Número de participantes (descrever a forma de definição da amostra participante);
3. Descrição dos planos para o recrutamento de indivíduos e os procedimentos a serem seguidos: critérios de inclusão/exclusão (porque se optou por determinado grupo de pessoas e porque se excluiu outro);
4. Expor as razões para a utilização de grupos vulneráveis (se houver): índios, menores de 18 anos de idade, portadores de deficiência mental, embrião/feto, elação de dependência (estudantes, militares, presidiários);
5. Informar se existe grupo de controle, se os grupos foram formados ao acaso, se todos têm o mesmo tamanho (espécimes, registros, radiografias, etc.);
6. Explicitar critérios para suspender ou encerrar a pesquisa, bem como o acompanhamento a ser dado aos participantes, se for o caso;
7. Descrição dos métodos que afetem os sujeitos da pesquisa. Ex: prontuários, dossiês, bancos de dados, documentos e outros;
8. Identificação das fontes de materiais de pesquisa, espécimes, registros e dados a serem obtidos de seres humanos (entrevistas, questionários, discussão de grupo, fluídos corporais e tecidos, outros);
9. Análise crítica dos riscos e benefícios (verificar Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE);
10. Duração total da pesquisa, a partir da aprovação pelo Comitê;
11. Início (cronograma);
12. Término (cronograma).
13. Quanto ao local da pesquisa:
14. Descrição das instalações dos serviços, centros, comunidades e instituições nas quais se processarão as várias etapas da pesquisa;
15. Demonstrativo da existência de infra-estrutura necessária ao desenvolvimento da pesquisa e para atender aos eventuais problemas dela resultantes com a concordância documentada da Instituição.
16. Orçamento financeiro detalhado da pesquisa: recursos, fontes e destinação dos recursos, bem como a forma e o valor da remuneração do pesquisador.




7. 5. 1 Instrumentos de Coletas de Dados - Técnicas



Questionário

- O Questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de coleta de dados. Se sua confecção é feita pelo pesquisador, seu preenchimento é realizado pelo informante.
- A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta para que o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado. Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça necessário por necessidade de características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, por exemplo)
- Todo questionário a ser enviado deve passar por uma etapa de pré-teste, num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulação.


Entrevista

- É necessário ter um plano para a entrevista para que no momento em que ela esteja sendo realizada, as informações necessárias não deixem de ser colhidas.
- As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações. Se a de caráter exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada.
- Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento necessário para satisfazer suas necessidades de informação.
- Prepare com antecedência as perguntas a serem feitas ao entrevistado e a ordem em que elas devem acontecer.
- Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma crítica de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.

Diante do entrevistado:

- Estabeleça uma relação amistosa e não trave um debate de idéias.
- Não demonstre insegurança ou admiração excessiva diante do entrevistado para que isto não venha prejudicar a relação entre entrevistador e entrevistado.
- Deixe que as questões surjam naturalmente, evitando que a entrevista assuma um caráter de uma inquisição ou de um interrogatório policial, ou ainda que a entrevista se torne um "questionário oral".
- Seja objetivo, já que entrevistas muito longas podem se tornar cansativas para o entrevistado.
- Procure encorajar o entrevistado para as respostas, evitando que ele se sinta falando sozinho.
- Vá anotando as informações do entrevistado, sem deixar que ele fique esperando sua próxima indagação, enquanto você escreve.
- Caso use um gravador, não deixe de pedir sua permissão para tal. Lembramos que o uso do gravador pode inibir o entrevistado.

Observação

- Antes de iniciar o processo de observação, procure examinar o local.
- Determine que tipo de fenômenos merecerão registros.
- Crie, com antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de fenômenos. Procure estipular algumas categorias dignas de observação.
- Esteja preparado para o registro de fenômenos que surjam durante a observação, que não eram esperados no seu planejamento.
- Para realizar registros iconográficos (fotografias, filmes, vídeos etc.), caso o objeto de sua observação sejam indivíduos ou grupos de pessoas, prepare-os para tal ação. Eles não devem ser pegos de surpresa.

Análise de Conteúdo

- Os documentos como fonte de pesquisa podem ser primárias ou secundárias.
- As fontes primárias são os documentos que gerarão análises para posterior criação de informações. Podem ser decretos oficiais, fotografias, cartas, artigos etc.
- As fontes secundárias são as obras nas quais as informações já foram elaboradas (livros, apostilas, teses, monografias etc., por exemplo).
- Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.
- Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias ou outro meio qualquer.
- Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa.

A Internet:

A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma rede mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente entre todos.
Sem dúvida, a Internet representa uma revolução no que concerne à troca de informação. A partir dela, todos podem informar a todos. Mas, se ela pode facilitar a busca e a coleta de dados, ao mesmo tempo oferece alguns perigos; na verdade, as informações passadas por essa rede não têm critérios de manutenção de qualidade da informação.
Explicando melhor: qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Página) na rede. Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na "net" (rede) e o objetivo desta página seja falar sobre a História do Brasil: ele pode perfeitamente, sem que ninguém o impeça, dizer que o Brasil foi descoberto "por Diogo da Silva, no ano de 1325". Sendo assim, devemos levar em conta que toda e qualquer informação colhida na Internet deverá ser confirmada antes de divulgada.




7. 6 Recursos, Orçamento e Cronograma


Concluindo esta parte da abordagem sobre projetos de pesquisa, destacamos dois momentos finais, que tratam do orçamento (custos) e do desenvolvimento da pesquisa no tempo.

7. 6. 1 Recursos (Orçamento)

Neste tópico devem ser listados os recursos necessários para o desenvolvimento do projeto. Com isto, torna-se possível avaliar se o projeto é viável e se terá condições de êxito.

Os recursos podem ser divididos em humanos (quem vai desenvolver a pesquisa), materiais – consumo, permanentes e físicos – além dos financeiros, com uma estimativa do custo total do projeto.

Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos financeiros só serão incluídos quando o projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa.

Eventualmente, alguns recursos já podem estar disponíveis, o que não impede que sejam listados, pois são necessários ao desenvolvimento do projeto. Os recursos já disponíveis devem ser descontados nos recursos financeiros, após a sua somatória

Os chamados recursos podem estar divididos em Material Permanente, Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o Projeto.


Material permanente

São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa. Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc.

Exemplo:
ITEM CUSTO (R$)
Computador 1.700,00
Impressora 500,00
Scanner 400,00
Mesa para o computador 300,00
Cadeira para a mesa 200,00
TOTAL: 3.100,00


Material de Consumo

São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa. Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc.

Exemplo:
ITEM CUSTO (R$)
10 caixas de disquete para computador 100,00
10 resmas de papel tipo A4 200,00
10 cartuchos de tinta para impressora 650,00
TOTAL: 950,00


Pessoal

É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos.

Exemplo:
ITEM MENSAL (R$) TOTAL (R$)
(10 meses)
1 estagiário pesquisador 500,00 5.000,00
1 datilógrafo 200,00 2.000,00
1 revisor 2.000,00
Impostos incidentes (hipotético) 4.000,00
TOTAL: 700,00 13.000,00


7. 6. 2 Cronograma


Entende-se por cronograma a parte que trata da distribuição das etapas de tempo da elaboração do estudo no tempo, tendo como base o prazo final de entrega: elaboração do projeto, coleta de dados, tabulação e análise de dados, elaboração do relatório final.

O cronograma é a distribuição das atividades relacionadas com o projeto no tempo previsto para a execução do trabalho. Dependendo do projeto, esta distribuição poderá ser feita em dias, semanas, meses, bimestres ou até anos. Os prazos serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por cada pesquisador.

É interessante que se listem, em colunas, as atividades a serem executadas, mencionando-se o período de início, de desenvolvimento e do fim da pesquisa. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.

Um exemplo:

ATIVIDADES
1. Levantamento de literatura
2. Montagem do Projeto
3. Coleta de dados
4. Processamento dos dados
5. Elaboração do Relatório Final
6. Revisão do texto
7. Entrega do trabalho

6. A Pesquisa Científica - como projetar - 1ª parte

6. A Pesquisa Científica - como projetar - I

Para se chegar à ciência, ao conhecimento, o caminho é a pesquisa. Pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa. Em se tratando de ciência, a pesquisa é a busca de solução a um problema, em que alguém queira saber a resposta. Através da pesquisa se produz ciência. É pela pesquisa que atingimos resultados.

Nas aulas dos Módulos nº 6 e 7, estudaremos a estruturação de um projeto de pesquisa a partir das partes básicas que compõem um plano científico:

TEMA
PROBLEMA
HIPÓTESE
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
Geral
Específicos
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
REVISÃO DA LITERATURA
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Método
Técnicas
RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E FINANCEIROS
ORÇAMENTO
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS




6. 1 Tema


Quando se pensa num trabalho acadêmico, e especificamente num projeto de pesquisa, deve-se iniciar a atividade pela definição do tema a ser pesquisado. Este é, obrigatoria e indispensavelmente, o primeiro passo. A importância desse momento reside em indicar qual é a "pergunta" que visa ser respondida com este estudo a que o aluno se propõe.

Citando Anete Abramowicz, em “Como definir um tema” Luciana Fleury entende que:

Não basta apenas descobrir a "pergunta" que se pretende responder, é preciso, ainda, descobrir que "respostas" já foram dadas para ela. Ou seja, é preciso analisar o que já foi pesquisado sobre o tema e, muito provavelmente este exercício acabará por reformular a pergunta. Não é porque ela já foi respondida que ela não possa ser novamente formulada. Até porque é extremamente difícil encontrar um tema completamente novo. "Não se pode achar que se está inventando a roda pela primeira vez", alerta Anete. Uma resposta pode ser continuada, ampliada. Mas deve-se se saber o motivo para esta nova formulação, o que se espera obter com isso. "O que se deve fazer é tentar localizar a ‘pergunta’ dentro das repostas já obtidas", finaliza Anete (FLEURY, Internet).

Em 2004, o uruguaio Jefferson Carús Guedes, no texto O autor em busca de um tema, publicado no site “Pesquisa jurídica universitária”, associa interessante dualidade de identidade entre autor e tema, ao expor que para a perfeita associação entre autor e tema a empatia deve ser total. Ele menciona Américo Plá Rodríguez, quando este define o momento da identidade entre autor e tema como mágico e assemelhado ao enamoramento, interesse que não deriva da beleza, das virtudes, da simpatia do objeto desejado.

Atraente é o tema que desperta a paixão do pesquisador, estimulando o prazer da conquista e o envolvimento, esse é o interesse subjetivo. Se não houver esse entusiasmo, é melhor que se busque outro tema. Por tal razão, não raro, quando encontramos esses apaixonados, o que ouvimos deles é a incansável exaltação da sua paixão, seja ela o amado ou o tema da pesquisa. Essa escolha, ainda que arbitrária, mantém certa coerência com fatores objetivos, como a capacidade do autor, a disponibilidades de meios (fontes disponíveis) e a proporcionalidade entre a sua extensão e o tempo disponível (GUEDES, Internet).

Se não encontrar um tema mesmo depois de muito pensar, recomenda-se ao aluno que, faça uma nova tentativa:

Mas se até agora não estão maduros os assuntos, se não há ainda um tema, isso não é o fim. Procure as revistas especializadas na área de interesse, lá pode estar uma idéia para um tema. Assuntos já estudados não estão vedados a novas abordagens, podendo ser revistos ou complementados criticamente. (...). Mas sem esquecer, o tema está dentro do autor. A ilusória procura fora é apenas exercício, para, finalmente encontrá-lo dentro (GUEDES, idem).

Guedes continua sua exposição, sugerindo ao iniciante tentar uma nova aproximação: “Há também a possibilidade do contato com professores dedicados à orientação ou professores pesquisadores, com linha própria de pesquisa que pode ser o abrigo para o trabalho do aluno. Também o debate com profissionais (...) pode fazer aflorar temas palpitantes, de interesse prático” (GUEDES, Internet).

No Guia para a confecção de projetos de pesquisa consta no site Politikon que, na introdução de qualquer tipo de trabalho científico, espera-se encontrar o tema. Entretanto, é sabido que a escolha de um tema é, provavelmente, uma das coisas mais difíceis para um pesquisador iniciante.

Pesquisadores experientes costumam desenvolver técnicas de documentação do trabalho científico que lhes permitem não só extrair de seus arquivos tais temas como trabalhá-los concomitantemente. Mas um estudante de graduação geralmente não acumulou o volume de informações necessário para tal empreendimento. Um bom começo, portanto, é conhecer o que outros já fizeram, visitando bibliotecas onde seja possível encontrar monografias de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Tais trabalhos podem servir como fonte de inspiração, além de familiarizar o aluno com os aspectos formais, teóricos e metodológicos do trabalho científico (in Politikon, Internet).

Temos aqui três regras básicas para a escolha do tema:

A primeira regra é bastante simples: o pesquisador deve escolher um tema do qual goste. O trabalho de pesquisa é árduo e, às vezes, cansativo. Sem simpatizarmos com o tema, não conseguiremos o empenho e a dedicação necessários.

A segunda regra é tão importante quanto a primeira: o pesquisador não deve tentar abraçar o mundo. A tendência dos jovens pesquisadores é formular temas incrivelmente amplos, geralmente resumidos em uns poucos vocábulos. (...). É preciso pensar muito bem antes de seguir esse caminho. O pesquisador inexperiente que enveredar por ele terá grandes chances de produzir um estudo superficial, recheado de lugares comuns.

Uma terceira regra vale ser anunciada: o tema deve ser reconhecível e definido de tal maneira que seja reconhecível igualmente por outros (Eco, 1999, p. 21). Ou seja, deve ser aceito como um tema científico por uma comunidade de pesquisadores (Politikon. In Internet).

Já segundo o professor José Luiz de Paiva Bello, existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. A seguir, relacionamos algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha:

Fatores internos

• Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal. Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento.
• Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa.
• O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido. É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área.

Fatores Externos

• A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais. Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral.
• O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho. Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.
• Disponibilidade de material de consulta e dados necessários ao pesquisador. Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.

No texto “O problema: o que pesquisar?”, que encontramos disponibilizado na web, mais especificamente voltado a estudantes de Direito, lemos que a eleição do tema da pesquisa deverá iniciar-se pela área do conhecimento humano na qual o aluno pretende trabalhar. Deste texto, extraímos as idéias principais.

Quanto mais específica for a área escolhida, mais fácil será para o pesquisador encontrar seu objeto de pesquisa. Muita vez, o aluno deseja trabalhar a partir de dois ou mais ramos do conhecimento humano. Nestas hipóteses, o trabalho poderá ser multidisciplinar (análise do tema sob a perspectiva de dois ou mais ramos do conhecimento), interdisciplinar (análise do tema sob a perspectiva de dois ou mais ramos do conhecimento relacionando-os entre si) ou mesmo transdisciplinar (análise do tema sob a perspectiva de dois ou mais ramos do conhecimento, dando origem a um novo, distinto dos anteriores).

Selecionada a área do conhecimento em que o aluno pretende trabalhar, deverá ele escolher um problema a ser solucionado nesta área do saber.



6. 2 Problema



No primeiro momento do planejamento de qualquer pesquisa, elegem-se: o tema, a formulação do problema, a especificação dos objetivos, a construção das hipóteses, a operacionalização dos conceitos, etc. Como pode observar, a FORMULAÇÃO DO PROBLEMA vem no começo, ou seja, antecede as demais partes textuais, isto porque também é a mais importante. Tanto é verdade que, sem problema não há pesquisa, ou melhor, só existe pesquisa se houver um problema a ser trabalhado. Aliás, já na Introdução do seu projeto, até para despertar e prender a atenção do leitor, o pesquisador deve sugerir o problema.

A introdução é a primeira parte do "corpo” de um trabalho científico e dela devem fazer parte:

- Antecedentes do problema, tendências, pontos críticos; caracterização do tema e da organização.
- Formulação do problema que inclui: dados e informações que dimensionam a problemática.
- Objetivos: que traduzem os resultados esperados com a pesquisa.
- Justificativas: corresponde a defesa da pesquisa quanto a sua importância, relevância e contribuições.

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa (In: BELO, internet). Lembre-se que hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que o pesquisador tenta responder ao problema levantado no tema escolhido para pesquisa. Diante do problema, então, o trabalho de pesquisa, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição) levantada.

Na Normalização de Trabalhos Acadêmicos da UnC, à página 13, consta que “problema consiste em dizer de maneira explícita, compreensível e operacional, qual a dificuldade – teórica ou prática – que se pretende resolver por meio da pesquisa” (GRUTZMANN, internet).

Ao enunciar um problema, você deve lembrar que ele deve ser:

1. situado no tempo e no espaço, localizadas as fontes de origem;
2. formular de forma interrogativa;
3. claro e preciso;
4. delimitado a uma dimensão viável

Ao elaborar um projeto de pesquisa, o investigador deve formular a situação-problema, ou seja, deve esclarecer a questão que o preocupa, inquieta ou desperta a sua curiosidade. Nesta seção, o problema é definido, de maneira bem específica, o que facilitará inclusive a escrita da seção seguinte do mesmo projeto, a formulação de objetivos. Esta situação-problema geralmente é a descrição da dificuldade básica, a necessidade sentida.

Numa possibilidade de Dissertação de Mestrado, por exemplo, o Problema constituiria o primeiro capítulo da tese, este abrangendo os itens: formulação da situação-problema, objetivos do estudo, justificativas, hipóteses, pressupostos, delimitações, conceituação de termos. O segundo capítulo trataria da Metodologia. Então, basicamente, o problema é o objeto do estudo. Lembre-se que objeto não é a mesma coisa que objetivo.

Problema de Pesquisa: Consiste numa pergunta ou afirmação que revela uma situação de inquietação ou perplexidade diante de algum aspecto do conhecimento, que leva à definição de um objetivo e à formulação de indagações ou hipóteses (BASTOS, et. Al., 1998, p. 93).

Na mais popular das enciclopédias que usam hipertextos, na web, encontramos explicações diversas para o significado do vocábulo problema na ciência:

Na matemática, um problema é uma questão proposta em busca de uma solução. Um problema matemático pode ter solução como não, algumas vezes possui diversas soluções. Muitos problemas estão em aberto, ou seja, sem solução conhecida. [...].
Na psicologia, um problema é qualquer questão que pode dar margens a hesitação ou perplexidade, pela dificuldade de explicação ou resolução. Sendo assim pode ser, em alguns casos, um conflito afetivo que afeta o equilíbrio psicológico do indivíduo ou grupo de indivíduos. [...].
Problema (no latim Problema), para a filosofia é, em geral, qualquer situação que inclua a possibilidade de uma alternativa. Não deve ser confundido com a dúvida, que é uma questão do ser, uma confusão de crença do mesmo. Ao ser solucionada, a dúvida se torna crença ou descrença. O problema, por sua vez, ao ser solucionado não deixa de ocorrer, necessariamente, dando origem ao conceito de problematicidade. Problema é a constatação de que um fenômeno observado não tem sentido único, ele pode ser confeccionado por várias alternativas. [...].
Dewey, em Lógica, (1939, Cap. VI) propôs uma boa definição de problema: é a situação que constitui o ponto de partida de qualquer indagação, ou seja, a situação é indeterminada. Ela se torna problemática no próprio processo de sujeição à indagação. A enunciação de um problema permite a antecipação de uma idéia sobre sua solução (Problema. Disponível em < http://pt.wikipedia.org>. Acesso em maio de 2007).

Se definir o que se vai pesquisar é o primeiro passo, isso quer dizer que, antes de tudo, é necessário encontrar-se o problema. Concluímos, acrescentando que

Todo pesquisador precisa ter um problema de pesquisa. E é justamente o problema que o torna um pesquisador. Sem problema não há pesquisa. Problema está relacionado a dúvida. E se não temos dúvidas, pra que pesquisar? [...]. O problema de pesquisa é a pergunta a que o pesquisador busca responder durante a execução da pesquisa. E é a partir do assunto ou tema que ele define essa pergunta. [...]. (DOXSEY & DE RIZ, ESAB, Internet).



6. 3 Tema-Problema



Na realidade, muitos dos pretensos trabalhos científicos produzidos em nossas universidades não passam de manuais ou resumos da matéria objeto de estudo sem qualquer caráter inovador. Evidentemente, tais obras têm uma grande importância como material didático, mas decididamente não é esta a finalidade das teses, dissertações e monografias de final de curso, que necessariamente devem propor uma solução para um problema previamente definido. A escolha do tema-problema deverá pautar-se pelo binômio interesse-capacidade pessoal e social na resolução do problema. Assim, quatro perguntas básicas deverão ser respondidas positivamente para que o tema possa ser eleito com acerto:

a) Tenho interesse no problema? (curiosidade pessoal e/ou profissional em relação ao problema)

O pesquisador deve se sentir atraído pelo problema proposto. Sua curiosidade quanto ao tema de estudo pode provir de interesses pessoais ou profissionais. Para um policial, a pesquisa em Direito Penal pode ser atraente por sua experiência profissional; para um aficcionado em computadores, um trabalho transdisciplinar envolvendo o Direito Penal e a Informática será um tema irresistível.

b) Sou capaz de resolver o problema? (conhecimento e experiência em relação ao problema)

O pesquisador deve propor um problema que tenha maior facilidade em resolver por seus conhecimentos e experiência anterior à pesquisa. Por mais que alguém se interesse por computadores, certamente não poderá realizar um grande trabalho em Direito Informático se não tiver o mínimo de conhecimento em Informática. Na eleição do problema a ser pesquisado vale a lei do mínimo esforço: o pesquisador deverá optar por temas em que seus conhecimentos prévios lhe possam ser úteis.

c) Há interesse social na resolução do problema? (originalidade e relevância social do problema)

O pesquisador deve propor problemas originais, pois de nada adianta escolher um tema exaustivamente discutido na doutrina. Um problema que pode ser solucionado através de uma simples pesquisa doutrinária ou jurisprudencial não é adequado para ser objeto de uma pesquisa. Na academia são comuns "modismos" em relação aos temas de pesquisa o que, muita vez, acaba originando inúmeros trabalhos com conclusões absolutamente idênticas, nada acrescentando à literatura já existente. Por outro lado, toda pesquisa tem uma função social que não pode ser desprezada. Por mais que o problema "pode o crime de adultério ser cometido pela Internet?" possa despertar curiosidade no pesquisador, sem dúvida seu interesse social é mínimo. A solução do problema deve ser socialmente útil.

d) A sociedade em que vivo me oferece recursos para solucionar o problema? (bibliografia, financiamento, possibilidade de coletar dados, prazo para apresentar os resultados, etc)

O pesquisador deve analisar se dentro do contexto social em que irá pesquisar será viável alcançar a solução do problema. Se sua proposta for pesquisar o Direito Penal de Cabo Verde, deverá certificar-se se terá acesso à legislação e a livros doutrinários daquele país. Se necessitar de verbas ou de autorizações para coletar dados, deverá ter certeza de poder obtê-los.

Por fim, o investigador deverá lembrar-se de que sua pesquisa não poderá durar eternamente e portanto seu tema deverá necessariamente estar delimitado principalmente quanto ao objeto, quanto ao tempo e quanto ao espaço. Delimitado o tema-problema, deverá o pesquisador oferecer uma resposta provisória a sua indagação. Esta resposta provisória que é dada ao problema denomina-se hipótese e, sobre ela o pesquisador irá traçar seu objetivo que, em última análise, será testar a veracidade ou não da resposta previamente apresentada.



6. 4 Hipótese


Cada vez mais a ciência acredita na necessidade de se iniciar uma investigação com uma explicação sugerida, ou seja, com uma suposição. É aí que o pesquisador propõe uma hipótese, ou várias hipóteses, que serão os instrumentos de trabalho do pesquisador. Os cientistas caminham em suas investigações, guiados por hipóteses. Temos então que “Hipótese é a solução provisória proposta como sugestão no processo de investigação de um problema. O principal objetivo da investigação científica é, justamente, o de saber se essa sugestão apresentada, isto é, a hipótese, será corroborada ou falseada” (KÖCHE, 1978, 50).

HIPÓTESE é vocábulo de origem grega (hypo = sob, abaixo + thésis = colocação, proposição, tese). Hypothésis significa: ação de pôr embaixo, base, fundamento; princípio de algo; conjectura; idéia fundamental; suposição.

Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao problema levantado no tema escolhido para pesquisa. Após a observação dos fatos ou fenômenos o cientista cria uma hipótese para explicar, provisoriamente, as indagações e os questionamentos colocados. É uma pré-solução para o problema levantado.

Quando abordamos o tema “método”, observamos que método científico é um conjunto de regras básicas, que existem para um cientista desenvolver uma experiência, a fim de produzir determinado conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. É baseado em juntar evidências observáveis, empíricas e mensuráveis, baseadas no uso da razão.
____________________________________________________________________________________

Uma hipótese é uma teoria provável, mas ainda não demonstrada, ou seja, é uma suposição admissível. Hipótese é a afirmação, enquanto ainda não comprovada, sobre algum fenômeno.
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Embora os procedimentos variem de uma área da cientifica para outra, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método científico de outros métodos. Primeiramente os pesquisadores-cientistas propõem hipóteses para explicar certos fenômenos, e então desenvolvem experimentos que testam essas previsões. Diante dos resultados obtidos, teorias são formadas juntando-se hipóteses de uma certa área em uma estrutura coerente de conhecimento. Isto ajuda na formulação de novas hipóteses, bem como coloca as hipóteses em um conjunto de conhecimento maior.

Hipótese é o enunciado de uma solução estabelecida provisoriamente como explicativa de um problema qualquer. Ruiz complementa este conceito, expondo que “Toda hipótese deve ser enunciada em proposição verificável, para que seja científica e não puramente metafísica. Diríamos, pois, que a hipótese científica representa a opinião do pesquisador à procura de evidências posteriores e observáveis que a sustentem e comprovem” (RUIZ, 1976, p. 54).

No pensamento científico, a hipótese – que deve ser plausivel, razoável, verificável – surge logo após a recolha (coleta) de dados observados e diante da necessidade de explicação dos fenômenos associados a esses dados recolhidos. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou a suposição) levantada. Também pode-se dizer que uma hipótese é um conjunto de condições que se supõe serem verdadeiras e que são tomadas como ponto de partida para deduções.

A hipótese é normalmente seguida de experimentação, que pode levar à sua verificação (corroboração) ou sua refutação (rejeição). Assim que comprovada, a hipótese passa a se chamar de teoria”, de lei” ou de “postulado”.

As hipóteses, em geral, pertencem ao campo dos estudos experimentais.

A Hipótese surge após a formulação do problema. A dificuldade está presente. Diante dela o investigador deslumbra prováveis soluções. A hipótese envolve uma possível verdade, um resultado provável. É uma verdade pré-estabelecida, intuída, com o apoio de uma teoria. Os fatos poderão verificar ou não a hipótese. [...]. A hipótese indica caminhos aos investigador, orienta seu trabalho, assinala rumos à investigação (TRIVIÑOS, 1987, p. 105-106).

Está publicado na wikipédia que, no estudo dos métodos científicos, as hipóteses precisam ser válidas para observações feitas no passado, no presente e no futuro. Para maior segurança nas conclusões, toda experiência deve ser controlada. Experiência controlada é aquela que é realizada com técnicas que permitem descartar as variáveis passíveis de mascarar o resultado. Neste sentido, temos também que toda hipótese tem que ser falseável ou refutável. Isso quer dizer que, mesmo que haja um consenso sobre uma hipótese ou teoria, é necessário que se mantenha a possibilidade de se refutá-la. Está fortemente associada ao fato que uma teoria nunca é definitiva. E este é um dos elementos mais importantes do método científico.

No método científico, a hipótese é o caminho que deve levar à formulação de uma teoria. O cientista, na sua hipótese, tem dois objetivos: explicar um fato e prever outros acontecimentos dele decorrentes (deduzir as consequencias). A hipótese deverá ser testada em experiências laboratoriais controladas.Se, após muitas dessas experiências, os resultados obtidos pelos pesquisadores não contrariarem a hipótese, então ela será aceita como uma teoria (Método Científico / Hipótese. Disponível em: http://pt.wikipedia.org Acesso em maio de 2007).

As hipóteses devem ser postas à prova, verificadas, aprovadas ou reprovadas pelos fatos. Ao trabalho orientado no sentido de verificar hipóteses, no caso da pesquisa de laboratório, denomina-se “experimentação”. Diz-se que fazer experimentos significa reproduzir fenômenos em condições de rigoroso controle das variáveis, com o objetivo de identificar os fatores antecedentes responsáveis por determinado evento subseqüente.

Na formulação das hipóteses, a reflexão antecipa-se às evidências demonstradas. Na experimentação, falam os fatos e não o gênio do pesquisador. Na hipótese, as idéias prejulgam os fatos; na experimentação, os fatos é que julgam a adequação ou não das idéias, isto é, das hipóteses. Se a inteligência, a sagacidade, a criatividade e a genialidade são a alma das hipóteses, a humildade, a objetividade e a aceitação da linguagem dos fatos são a alma da experimentação (RUIZ, 1976, p. 55).

Diante de um acidente de automóvel, envolvendo um só veículo, que numa curva foi de encontro a um poste, na investigação das causas, pode-se levantar uma hipótese ou várias hipóteses. Busca-se uma explicação para o fato. Provisoriamente, o investigador elegerá uma ou mais causas prováveis para tentar saber o porquê do acidente, levando em conta muitas variáveis, desde o estado do carro, condições da pista, visibilidade, sinalização, a meteorologia, etc. Por exemplo, diante de forte cheiro de bebida alcóolica no veículo usado, pode-se até aventar a hipótese de que o motorista estava alcoolizado. Também pode-se levantar a hipótese de que o carro desenvolvia alta velocidade, ou que os freios falharam quando o motorista tentou reduzir a velocidade, ou, ou, ou. A pesquisa, a investigação (exploração, experimentação), feita com método científico, conduzirá a um resultado (ou ate mais de um), que poderá comprovar ou refutar qualquer hipótese levantada.

Nem toda investigação exige hipótese. Pode exigir um pressuposto, um indicador de possibilidade. Para muitos cientistas, numa monografia só se trabalhará com hipóteses, se o trabalho tratar de um problema de forma quantitativamente estatística, estabelecendo uma relação de causa e efeito. Por outro lado, há os “pressupostos”, estes que são hipóteses qualitativas, sem as exigências e as condições de uma prova estatística rigorosa. Todavia, que fique claro que tanto hipóteses, como pressupostos, consistem em respostas provisórias ao problema formulado.

Assim, ao analisar o tema “questões”, temos que as perguntas têm por propósito encaminhar o alcance dos objetivos. As hipóteses são proposições provisórias que fornecem respostas condicionais a um problema de pesquisa, explicam fenômenos e/ou antecipam relações entre variáveis, direcionando a investigação.



Referências


BELO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica. Disponível em: . Acesso em 2007.
BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica. Disponível em: . Acesso em junho de 2007.
DOXSEY, Jaime Roy. DE RIZ, Joelma. Metodologia da Pesquisa Científica. In: Curso de Pós-Graduação de Gestão Administrativa na Educação. Vila Rica: ESAB, 2006. Módulo de acesso restrito.
FLEURY, Luciana. Como definir um tema. Disponível em: . Acesso em junho de 2007.
GUEDES, Jefferson Carús. O autor em busca de um tema. Disponível em: . Acesso em junho de 2007.
GRÜTZMANN, André; DALBELLO, Liliane. (Coord.) Normalização de Trabalhos Acadêmicos da Universidade do Contestado. Caçador: UnC, 2006. Disponível em < www.cdr.unc.br>. Acesso em maio de 2007.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica. Caxias do Sul: UCS, 1978
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Maria de Andrade. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1995
O problema: o que pesquisar?. Disponível em: . Acesso em junho de 2007.
PLÁ RODRIGUEZ, Américo; GUEDES, Jefferson Carús. Como se escreve um livro jurídico: conselhos a um jovem que vai escrever um livro. Campinas: Edicamp, 2003.
Politikon. Guia para a confecção de projetos de pesquisa. Disponível em
< http://planeta.terra.com.br/educacao/politikon/artigos.htm>. Apud:
. Acesso em junho de 2007.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1976.
UnC. Metodologia Científica. Disciplina de Curso Superior. Concórdia: UnC Virtual, 2007.
WIKIPÉDIA. Problema. Disponível em . Acesso em maio de 2007.

5. Trabalho Acadêmico: o Artigo Científico

5. Trabalho Acadêmico: o Artigo Científico


Na academia de ciências (ou na Universidade, como se queira), produzem-se trabalhos científicos, que são divididos em:

Na fase de Graduação:
Trabalho de Conclusão - TCC = Bacharelado
Relatório de Estágio = Licenciatura
Na fase de Pós-Graduação:
Monografia = Especialização
Monografia (Dissertação) = Mestrado
Monografia (Tese) = Doutorado

Da mesma forma, no interior da Instituição, fazem-se publicações sobre as atividades científicas dos docentes e dos alunos. Existem diversos tipos de publicações científicas, sendo as principais: Resenha, Resumo, Carta ao Editor, Artigo Completo, Artigo de Revisão, Capítulo de Livro, Livro, etc.

Tem-se que Artigo é um trabalho técnico-científico, escrito por um ou mais autores, que segue as normas editoriais do periódico a que se destina.




5. 1 O Artigo (científico) Completo









Nesta parte, vamos utilizar a produção Metodologia Científica. Ênfase em pesquisa tecnológica. 3 ed. revista e ampliada, 2003/I, de Carlos Fernando Jung, que é uma publicação eletrônica destinada à difusão tecnológica, como incentivo a produção científica nacional, disponível gratuitamente na web. Trata-se de uma publicação free da Editora Saraiva, no Espaço do Universitário.



Artigo Completo: Pode ser uma síntese de uma monografia, dissertação ou tese. Pode ser uma síntese de uma pesquisa acadêmica. Pode ser uma abordagem sobre um assunto. Pode ser escrito pelo acadêmico de graduação ou pós-graduação com um grupo de colegas ou em conjunto com o seu professor orientador


Formatação do artigo

a) Título do Artigo

b) Nome do Autor / Titulação

Nome completo, Titulação, Instituição, Endereço para correspondência e e-mail.

c) Instituição / Endereço

d) Resumo / Abstract

O resumo do trabalho deve ser escrito com alinhamento justificado e com espaçamento simples. O resumo deve ser breve, descrevendo os principais objetivos do trabalho, a metodologia utilizada e os principais resultados obtidos. Deve-se evitar que o resumo ultrapasse 200 palavras.
O resumo deve ressaltar a problemática que se pretendeu solucionar e explicar; os objetivos; a abordagem metodológica empreendida; os resultados e as conclusões.Trata-se da apresentação concisa de todos os pontos relevantes do trabalho. Visa fornecer elementos capazes para permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta integral do texto.
O resumo deve ser composto de uma seqüência corrente de frases concisas, e não de uma enumeração de tópicos.
Deve-se evitar o uso de parágrafos, o uso de frases negativas, símbolos, fórmulas, equações e diagramas.
O resumo é digitado com espaços simples entre linhas e deve abranger, no máximo, uma página. Recomenda-se que os resumos tenham as seguintes extensões:
a) para notas e comunicações breves, até 100 palavras;
b) para monografias e artigos, até 250 palavras;
c) para dissertações e teses, até 500 palavras.


e) Palavras Chave / Keywords

Aparecem depois do resumo e expressam os principais termos do artigo. Geralmente de três a cinco palavras.
palavra chave 1, palavra chave 2, palavra chave 3,
palavra chave 4, palavra chave 5


f) Introdução

Na introdução o tema é apresentado de maneira clara, precisa e sintética. Evite introdução que se refira vagamente ao título do artigo, nem tampouco uma introdução abrupta, que leve o leitor a entrar confusamente no assunto.
Nada de introdução histórica, que remete a questão a seus antecedentes remotos, nem introdução exemplificadora, em que se formulam exemplos ilustrativos acerca do tema.Também não são aconselháveis as introduções que anunciam os resultados da investigação.
Fundamentalmente a introdução deve conter quatro idéias básicas - respostas às perguntas:
- Que fazer? Ou seja, o que será tematizado?
- Por que fazer? Ou seja, por que foi escolhido o tema ?
- Quais são as contribuições esperadas?
- Como fazer? Ou seja, qual será a trajetória desenvolvida para a construção do trabalho empreendido?
De maneira geral, a introdução deve informar sobre:
- antecedentes do tema, ou problema
- tendências
- natureza e importância do tema
- justificativa da escolha do tema
- relevância
- possíveis contribuições esperadas
- objetivos do estudo

g) Desenvolvimento

Em seguida à introdução, construa a moldura conceitual do artigo - referencie autores e estudos assemelhados, ou seja, mostre o apoio teórico ao desenvolvimento do tema objeto do artigo.
Descreva, brevemente, os materiais, procedimentos, técnicas e métodos utilizados para a condução da investigação – abordagem metodológica empreendida.
Os resultados devem evidenciar, conforme os achados da pesquisa: o surgimento de fatos novos, descobertas significativas, contradições com teorias anteriores, bem como relações e efeitos novos verificados. Após análise e avaliação dos resultados, caminha-se para a conclusão.

h) Conclusões

Basicamente o conteúdo da conclusão compreende a afirmação sintética da idéia central do trabalho e dos pontos relevantes apresentados no texto. Considerada como uma das partes mais importantes do artigo, deve ser uma decorrência natural do que foi exposto no desenvolvimento. Assim, a conclusão deve resultar de deduções lógicas sempre fundamentadas no que foi apresentado e discutido no corpo do trabalho, e conter comentários e conseqüências próprias da pesquisa.

i) Referências Bibliográficas

Relação das referências bibliográficas consultadas para elaboração do artigo. Consulte a norma 6023 da ABNT.

Considerações Gerais

- As ilustrações: tabelas, quadros e gráficos são numerados consecutivamente para cada natureza.
- As notas, quando imprescindíveis, são colocadas no rodapé.
- Geralmente os artigos não excedem a 20 laudas com 27 linhas de 70 toques, incluindo ilustrações, notas e bibliografia.
- Quando indispensáveis, as matérias suplementares: cópia de leis, modelos de questionários etc., são anexadas ao final do artigo.



5. 2 Normas para as revistas próprias da UnC


No link NORMALIZAÇÃO do site da UnC-Caçador, constam as normas para a submissão de artigos científicos na Revista Ágora (publicação docente), na Revista Iniciação (publicação discente) e Revista Virtual Extensão.com e, também, para outras publicações da UnC. A recomendação é para a produção de um artigo científico , sempre a partir destas regras básicas:

5. 2. 1 ESTRUTURA

TÍTULO
AUTOR (a/es/as)
RESUMO – PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT – KEY-WORDS
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

5. 2. 2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS AO MODELO

TÍTULO: é aconselhável que se determine o título de acordo com o conteúdo do artigo ou outra preferência; se necessário anexe um subtítulo no mesmo campo.

AUTORIA: Nome por extenso do autor (ou autores, se o artigo for produzido em parceria por dois ou mais, em ordem alfabética)

NOTAS DE FIM: as notas referidas no TÍTULO e na AUTORIA, expostas acima, servem para indicar dados sobre o trabalho e o(s) autor (es). Na Nota nº 1: origem do trabalho, se foi publicado anteriormente, fonte de fomento (financiamento), apoio institucional. Na Nota nº 2: nome do(s) autor (es), filiação científica, currículo vitae resumido; endereço completo, telefone e seu e-mail.

RESUMO: A sinopse deve possibilitar ao leitor avaliar o interesse do artigo sem que se tenha que reportar ao corpo do texto. Para tanto deve conter: tema, objetivos, justificativa, metodologia e resultados e conclusões. Deve compor-se de uma série coerente de frases e não de uma simples numeração de títulos, fornecendo, portanto, uma visão clara e concisa do conteúdo do trabalho, suas conclusões significativas e a contribuição do(s) autor(es).

ABSTRACT: Versão em língua estrangeira do resumo do artigo (preferencialmente em inglês). Este resumo deve ser redigido e não apenas traduzido por meio eletrônico.

PALAVRAS-CHAVE: escolher três termos que sintetizem o escrito. Por exemplo: se o artigo traz resultados de uma pesquisa de campo, envolvendo a informática no ensino de língua inglesa, as possíveis palavras-chave poderiam ser: INFORMÁTICA, LÍNGUA INGLESA, LINGÜÍSTICA APLICADA.

INTRODUÇÃO: focaliza-se a “questão” na literatura para indicar a originalidade e relevância do trabalho. Se apropriado, considerações metodológicas deverão ser introduzidas e identificar os objetivos do estudo.

MATERIAL E MÉTODOS (Procedimento metodológico, metodologia): Informações suficientes deverão ser fornecidas para que se possa avaliar a adequação da abordagem experimental e repetir o experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: os resultados relevantes deverão ser apresentados da forma mais adequada, tais como: texto, figuras, ou tabelas. Outras informações necessárias à interpretação. Os principais resultados deverão ser salientados e discutidos em termos da literatura. Nova (s) informação (ões) e novo (s) conceito (s) que derivam dos resultados deverão ser identificados, bem como as conexões com outros conceitos da literatura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONCLUSÃO): trata-se da recapitulação sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o alcance e as suas contribuições, bem como seu possível mérito. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.

REFERÊNCIAS: No final, segundo a ABNT, listar apenas as fontes citadas no texto.

5. 2. 3 FORMATAÇÃO DO ARTIGO

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

- Título e sub-título
- Autor(a/es/as)2
- Resumo / Abstract
- Título do trabalho: centralizado, em letras maiúsculas e em negrito.
- Os nome(s) do(s) autor(es) na segunda linha após o título alinhado à direita; indicação em nota de fim da entidade científica ou instituição à qual os autores estão vinculados, seus endereços, bem como notificação, caso o trabalho tenha sido apresentado em reunião científica (SEDEPE, SEDEC). Indicar o órgão financiador se houver (POR exemplo: FAP, PAEC).
- Resumo em português e língua estrangeira, com no máximo 250 palavras acompanhado de 03 palavras-chave, nas duas línguas.

ELEMENTOS TEXTUAIS:

- Os títulos devem ser apresentados sem numeração, em letra maiúscula, em negrito, justificados.
- Os subtítulos deverão ser justificados e em negrito, tendo somente a primeira letra em maiúscula.
- Após o título principal deverá constar o nome do autor(es) alinhados à direita, em itálico.
- Os textos devem ser apresentados em folha A4 (210 x 297 mm), margens esquerda e superior 3 cm, e direita e inferior 2 cm, apresentar em 3 (três) vias impressas; e também uma cópia em disquete e/ou em CD. Na etiqueta de identificação deverá constar: título do artigo e nome do autor.
- O nome do arquivo deverá ser o título do artigo, seguido do nome do autor.
- fonte Times New Roman (tamanho 11);
- espaçamento simples;
- Um espaço entre os parágrafos ou (12 pt depois), recuo de parágrafo de 1,25.
- As notas deverão ser explicativas e não de referências, e serem feitas como notas de fim.
- As figuras, fotos, gráficos, fac-símile de documentos, tabelas e quadros devem vir inseridos no corpo do texto;
- O número de laudas (páginas) por artigo não deve ser inferior a 5 (cinco) e nunca superior a 15 (quinze);
- O artigo deverá ser escrito de acordo com as normas gramaticais da Língua Portuguesa, ou em Língua Estrangeira, se o trabalho assim foi estruturado e apresentado.
- As citações: citação curta, na mesma fonte 11, entre aspas, localizada no corpo do texto; citação com mais de três linhas (fonte 10), com recuo de 4 cm da margem esquerda, com espaço simples, sem aspas. As citações longas deverão ser separadas do texto por um espaço antes e um depois ou (12 pt);
- As referências, devem obedecer às normas da ABNT, sendo de no máximo dez.

5. 2. 4 AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO

- Os textos encaminhados às revistas serão submetidos à apreciação de um Conselho Editorial e só serão publicados com a aprovação deste. Quando forem necessárias alterações substanciais, os originais serão reencaminhados aos autores.
- A revisão gramatical é de responsabilidade do autor(es).
- As tabelas, figuras, quadros e gráficos deverão obedecer à Normalização da Universidade do Contestado.
- Não serão publicados artigos contendo algum tipo de informação que promova discriminação social, sexual e/ou religiosa.
- Os conceitos e afirmações contidos nos artigos são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).
- Os artigos não aprovados não serão devolvidos.

5. 2. 5 DIREITOS AUTORAIS

- Ao entregar o seu texto para posterior publicação, o autor estará, automaticamente, cedendo os direitos autorais para a revista.
- À revista reserva-se o direito autoral do trabalho publicado, permitindo-se a reprodução em outro periódico, se indicada a fonte. O mesmo deve ocorrer quando se quer publicar nesta revista, artigos já publicados em outras, desde que seja referenciada a origem na abertura do artigo.

5. 2. 6 ENCAMINHAMENTO

Os trabalhos devem ser enviados ao docente que representa o campus de Caçador na Comissão de Editoração da UnC.



5. 3 Dicas para a produção de um artigo



Aqui vamos nos valer de um trabalho de orientações à produção de trabalhos acadêmicos, dentro da metodologia científica, elaborado pelo Prof. Carlos Honório Arêas Pinheiro, que foi revisto em setembro de 2005. Trata-se de uma orientação institucional da Universidade Anhembi Morumbi, correspondendo a uma adaptação do estilo normalizador de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Foram consideradas as seguintes normas: NBR 6023, NBR 6024, NBR 6027, NBR 6028, NBR 10520 e NBR 14724.


5. 3. 1 ELEMENTOS TEXTUAIS

São considerados elementos textuais, a parte do trabalho em que se apresenta o assunto.

- INTRODUÇÃO
- DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO


INTRODUÇÃO

O título INTRODUÇÃO deve estar escrito à esquerda, na margem normal (sem parágrafo), em letras maiúsculas, fonte 14 e em negrito. A introdução é a primeira parte do "corpo do trabalho" e dela devem fazer parte:
- Antecedentes do problema, tendências, pontos críticos; caracterização do tema e da organização.
- Formulação do problema que inclui: dados e informações que dimensionam a problemática.
- Objetivos: que traduzem os resultados esperados com a pesquisa.
- Justificativas: corresponde a defesa da pesquisa quanto a sua importância, relevância e contribuições.

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

O desenvolvimento corresponde à parte principal do trabalho na qual se faz a exposição ordenada e pormenorizada do assunto; pode ser dividida em seções e subseções; compreende a contextualização do tema e abrange:
- A revisão da literatura: abordagem de teorias e/ou conceitos que fundamentam o trabalho, podendo constituir um ou vários capítulos.
- Os métodos e procedimentos utilizados para coleta de dados: é a descrição da metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho, os procedimentos adotados nas etapas do trabalho no que se referem ao diagnóstico e/ou estudo de caso.
- A apresentação e análise dos dados: nesta parte, são apresentados/descritos os dados e a análise dos mesmos, bem como os resultados alcançados, relacionando-os à revisão bibliográfica, dispondo ao leitor as deduções e conclusões pertinentes ao trabalho com o objetivo de reforçar ou refutar as idéias defendidas.
- As conclusões e/ou considerações finais: referem-se aos dados e resultados encontrados, compreendem o fechamento do trabalho com as indicações e/ou recomendações.


5. 3. 2 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais são aqueles que complementam o trabalho.

- REFERÊNCIAS
- APÊNDICE
- ANEXOS
- GLOSSÁRIO


REFERÊNCIAS

É um elemento obrigatório, constituído pela relação de todas as fontes consultadas e apontadas no texto que deverão ser relacionadas em ordem alfabética, após três espaços do título REFERÊNCIAS, que vem grafado em letras maiúsculas, fonte 14, centralizado e em negrito. As referências deverão ser feitas com base na NBR 6023.

APÊNDICE

Elemento que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, com o intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Os Apêndices devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.

ANEXOS

Elemento opcional, não elaborado pelo autor, que documenta, esclarece, prova ou confirma as idéias expressas no texto. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos, devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.

GLOSSÁRIO

Elemento opcional que deverá ser empregado sempre que for necessário relacionar (em ordem alfabética) as palavras de uso específico (termos técnicos ou jargão da área), devidamente acompanhado de suas definições de modo a garantir a compreensão exata da sua utilização no texto.




5. 4 Dicas para as Referências



• As referências, de acordo com as normas da ABNT (2002, p.2) são "o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de material", utilizados como fonte de consulta e citados nos trabalhos elaborados.
• A referência é constituída de:
o Elementos essenciais: são as informações indispensáveis à identificação do documento, tais como autor(es), título, subtítulo, edição, local, editora e data de publicação;
o Elementos complementares: são os opcionais que podem ser acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publicações referenciadas, tais como: organizador, volumes, série editorial ou coleção, etc. Alguns elementos complementares, em determinadas situações, podem se tornar essenciais, é o caso do nº da edição (edição revista ou ampliada).
• Os elementos de uma referenciação são retirados do próprio documento utilizado e devem ser apresentados em uma seqüência padronizada.
• As referências são alinhadas à esquerda, com espaço entrelinhas simples e separadas entre si por espaço duplo.
• O recurso usado para destacar o título - negrito, itálico ou sublinhado - deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo modelo.
• As referências podem aparecer no rodapé, no fim do texto ou do capítulo, em lista de referência ou antecedendo resumos e resenhas.
• As referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre aos mesmos princípios; ao optar pela utilização de elementos complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências daquela lista.



5. 5 Dicas para a redação de um texto científico



Aqui, reproduzimos mais “dicas-free”, estas produzidas por João Maurício Adeodato, nas instruções contidas em Redação do trabalho científico:

Como forma de linguagem que é, ao trabalho científico aplica-se, em princípio, as mesmas regras do bem redigir: clareza, concisão, objetividade etc. Cada capítulo deve cuidar de um tema, dentro deles cada subitem tem um assunto específico, cada parágrafo precisa expressar uma idéia, tudo isso em função da unidade e coerência internas quanto a títulos e subtítulos, para que não se repita em uma parte o que já foi dito em outra, atentando rigidamente para as relações contém e está contido etc.

A clareza é fundamental. E o trabalho tem de partir de um suporte de conhecimentos que o leitor divida com o autor. Se o leitor que o autor tem em mente é iniciante, o trabalho deve partir de bases genéricas, senso comum sobre o direito; se o leitor é especializado, o autor pode começar mais especificamente. Mas a regra é a mesma: começar mostrando ao leitor o ponto de partida que se supõe ser dominado por ele. Tudo isso levando também em conta o espaço disponível: trazer a novidade com clareza, sem ser repetitivo ou óbvio. É inútil escrever para si mesmo ou achar que o leitor sabe tudo o que o autor sabe, pois aí tem-se o dilema: quem domina os pressupostos do tema não precisa ler o texto do autor, pois ele nada acrescenta; quem não os domina, simplesmente não compreende patavina do que se diz no trabalho. Ambas as opções deixam a desejar.

Usar gráficos, fórmulas, tabelas e assemelhados pode ser um recurso muito efetivo. Mas é preciso cuidado com aqueles que, muito comumente, mais tornam ininteligível o que se quer explicar.

Evidentemente a linguagem discursiva não é tida como a única forma de comunicação. Os hippies tentaram comunicar-se pelos olhos e coração, e o apelo das experiências telepáticas, cinéticas, holísticas demonstram tal convicção. Mas à linguagem científica, descritiva, só resta o discurso, com pretensões de racionalidade, de entendimento universal, por assim dizer.




Referências


JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica. Ênfase em pesquisa tecnológica. 3 ed. revista e ampliada, 2003/I. Disponível em http://www.jung.pro.br. Acesso em 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - referências - elaboração: NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - apresentação de citações em documentos: NBR 10520. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação: NBR 14724. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Numeração progressiva das seções de um documento: NBR 6024. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
PINHEIRO, Carlos Honório Arêas. Orientações. Metodologia científica para produção de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi, setembro 2005. Disponível em: http://www2.anhembi.br/html/metodologia/index.html. Acesso em 2007.
ADEODATO, João Maurício. instruções contidas em Redação do trabalho científico.




ANEXO - Normas para Submissão de Artigos na UnC



1 APRESENTAÇÃO

Revistas Ágora (Publicação Docente), Revista Iniciação (Publicação Discente)
e Revista Virtual Extensão.com, e outras publicações da UnC.

Estrutura do Artigo


TÍTULO¹ TÍTULO¹:
Autor(a/es/as)² Autor(a/es/as)²
RESUMO – palavras-chave RESUMO – palavras-chave
ABSTRACT – key -words ABSTRACT – key -words
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS E DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS



2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS AO MODELO


TÍTULO: é aconselhável que se determine o título de acordo com o conteúdo do artigo ou outra preferência; se necessário anexe um subtítulo no mesmo campo.

RESUMO: A sinopse deve possibilitar ao leitor avaliar o interesse do artigo sem que se tenha que reportar ao corpo do texto. Para tanto deve conter: tema, objetivos, justificativa, metodologia e resultados e conclusões. Deve compor-se de uma série coerente de frases e não de uma simples numeração de títulos, fornecendo, portanto, uma visão clara e concisa do conteúdo do trabalho, suas conclusões significativas e a contribuição do(s) autor(es).


ABSTRACT: Versão em Língua estrangeira do resumo do artigo. Este resumo deve ser redigido e não apenas traduzido por meio eletrônico.

PALAVRAS-CHAVE: escolher três termos que sintetizem o escrito. Por exemplo: se o artigo traz resultados de uma pesquisa de campo, envolvendo a informática no ensino de Língua Inglesa, as possíveis palavras-chave poderiam ser: INFORMÁTICA, LÍNGUA INGLESA, LINGÜÍSTICA APLICADA.

NOTAS DE FIM: as notas referidas acima servem para indicar dados sobre o trabalho e o(s) autor (es). Na número 1: origem do trabalho, se foi publicado anteriormente, fonte de fomento (financiamento), apoio institucional; na número 2: Mais nome do(s) autor(es), filiação científica, currículo vitae resumido; endereço completo, telefone (s), e-mail.

INTRODUÇÃO: focaliza-se a “questão” na literatura para indicar a originalidade e relevância do trabalho. Se apropriado, considerações metodológicas deverão ser introduzidas e identificar os objetivos do estudo.

MATERIAL E MÉTODOS (Procedimento metodológico, metodologia): Informações suficientes deverão ser fornecidas para que se possa avaliar a adequação da abordagem experimental e repetir o experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: os resultados relevantes deverão ser apresentados da forma mais adequada, tais como: texto, figuras, ou tabelas. Outras informações necessárias à interpretação. Os principais resultados deverão ser salientados e discutidos em termos da literatura. Nova (s) informação (ões) e novo (s) conceito (s) que derivam dos resultados deverão ser identificados, bem como as conexões com outros conceitos da literatura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONCLUSÃO): trata-se da recapitulação
sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o alcance e as suas contribuições,
bem como seu possível mérito. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.

REFERÊNCIAS: listar apenas as fontes citadas no texto.


3 FORMATAÇÃO DO ARTIGO


3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS


TÍTULO: E SUBTÍTULO
Autor(a/es/as)2
Resumo
Abstract

Título do trabalho: centralizado, em letras maiúsculas e em negrito.

Os nome(s) do(s) autor(es) na segunda linha após o título alinhado à direita;
indicação em nota de fim da entidade científica ou instituição à qual os autores estão
vinculados, seus endereços, bem como notificação, caso o trabalho tenha sido
apresentado em reunião científica (SEDEPE, SEDEC). Indicar o órgão financiador
se houver (exemplo FAP, PAEC).

Resumo em português e língua estrangeira, com no máximo 250 palavras
acompanhado de 03 palavras-chave, nas duas línguas.

3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS:

- Os títulos devem ser apresentados sem numeração, em letra maiúscula, em
negrito, justificados.

- Os subtítulos deverão ser justificados e em negrito, tendo somente a
primeira letra em maiúscula.

- Após o título principal deverá constar o nome do autor(es) alinhados à
direita, em itálico.

- Os textos devem ser apresentados em folha A4 (210 x 297 mm), margens
esquerda e superior 3cm, e direita e inferior 2cm, apresentar em 3 (três) vias
impressas; e também uma cópia em disquete/cd. Na etiqueta de identificação
deverá constar: título do artigo e nome do autor.

- O nome do arquivo deverá ser o título do artigo, seguido do nome do
autor.

- fonte Times New Roman (tamanho 11);

- espaçamento simples;

- Um espaço entre os parágrafos ou (12pt depois), recuo de parágrafo de
1,25.

- As notas deverão ser explicativas e não de referências, e serem feitas notas
de fim.

- As figuras, fotos, gráficos, fac-símile de documentos, tabelas e quadros
devem vir inseridos no corpo do texto;

- O número de laudas (páginas) por artigo não deve ser inferior a 5 (cinco) e
nunca superior a 15 (quinze);

- O artigo deverá ser escrito de acordo com as normas gramaticais da Língua
Portuguesa, ou em Língua Estrangeira, se o trabalho assim foi estruturado e
apresentado.

- As citações: citação curta em fonte 11, entre aspas, localizada no corpo do
texto; citação com mais de 03 linhas (fonte 10), com recuo de 04 cm da margem
esquerda, com espaço simples, sem aspas. As citações longas deverão ser
separadas do texto por um espaço antes e um depois ou (12pt)

- As referências, devem obedecer às normas da ABNT, sendo de no máximo
dez.


4 QUANTO À AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO DOS ARTIGOS


- Os textos encaminhados às revistas serão submetidos à apreciação de um
Conselho Editorial e só serão publicados com a aprovação deste. Quando forem
necessárias alterações substanciais, os originais serão reencaminhados aos
autores.

- A revisão gramatical é de responsabilidade do autor(es).

- As tabelas, figuras, quadros e gráficos deverão obedecer à Normalização
da Universidade do Contestado.

- Não serão publicados artigos contendo algum tipo de informação que
promova discriminação social, sexual e/ou religiosa.

- Os conceitos e afirmações contidos nos artigos são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).

- Os artigos não aprovados não serão devolvidos.


5 DIREITOS AUTORAIS:


- Ao entregar o seu texto para posterior publicação, o autor estará, automaticamente, cedendo os direitos autorais para a revista.

- À revista reserva-se o direito autoral do trabalho publicado, permitindo-se a reprodução em outro periódico, se indicada a fonte. O mesmo deve ocorrer quando se quer publicar nesta revista, artigos já publicados em outras, desde que seja referenciada a origem na abertura do artigo.


6 ENCAMINHAMENTO DO ARTIGO:


Os trabalhos devem ser enviados ao membro da Comissão de Editoração de cada campus universitário da UnC.

5. Trabalho Acadêmico: o Artigo Científico

5. Trabalho Acadêmico: o Artigo Científico


Na academia de ciências (ou na Universidade, como se queira), produzem-se trabalhos científicos, que são divididos em:

Na fase de Graduação:
Trabalho de Conclusão - TCC = Bacharelado
Relatório de Estágio = Licenciatura
Na fase de Pós-Graduação:
Monografia = Especialização
Monografia (Dissertação) = Mestrado
Monografia (Tese) = Doutorado

Da mesma forma, no interior da Instituição, fazem-se publicações sobre as atividades científicas dos docentes e dos alunos. Existem diversos tipos de publicações científicas, sendo as principais: Resenha, Resumo, Carta ao Editor, Artigo Completo, Artigo de Revisão, Capítulo de Livro, Livro, etc.

Tem-se que Artigo é um trabalho técnico-científico, escrito por um ou mais autores, que segue as normas editoriais do periódico a que se destina.




5. 1 O Artigo (científico) Completo









Nesta parte, vamos utilizar a produção Metodologia Científica. Ênfase em pesquisa tecnológica. 3 ed. revista e ampliada, 2003/I, de Carlos Fernando Jung, que é uma publicação eletrônica destinada à difusão tecnológica, como incentivo a produção científica nacional, disponível gratuitamente na web. Trata-se de uma publicação free da Editora Saraiva, no Espaço do Universitário.



Artigo Completo: Pode ser uma síntese de uma monografia, dissertação ou tese. Pode ser uma síntese de uma pesquisa acadêmica. Pode ser uma abordagem sobre um assunto. Pode ser escrito pelo acadêmico de graduação ou pós-graduação com um grupo de colegas ou em conjunto com o seu professor orientador


Formatação do artigo

a) Título do Artigo

b) Nome do Autor / Titulação

Nome completo, Titulação, Instituição, Endereço para correspondência e e-mail.

c) Instituição / Endereço

d) Resumo / Abstract

O resumo do trabalho deve ser escrito com alinhamento justificado e com espaçamento simples. O resumo deve ser breve, descrevendo os principais objetivos do trabalho, a metodologia utilizada e os principais resultados obtidos. Deve-se evitar que o resumo ultrapasse 200 palavras.
O resumo deve ressaltar a problemática que se pretendeu solucionar e explicar; os objetivos; a abordagem metodológica empreendida; os resultados e as conclusões.Trata-se da apresentação concisa de todos os pontos relevantes do trabalho. Visa fornecer elementos capazes para permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta integral do texto.
O resumo deve ser composto de uma seqüência corrente de frases concisas, e não de uma enumeração de tópicos.
Deve-se evitar o uso de parágrafos, o uso de frases negativas, símbolos, fórmulas, equações e diagramas.
O resumo é digitado com espaços simples entre linhas e deve abranger, no máximo, uma página. Recomenda-se que os resumos tenham as seguintes extensões:
a) para notas e comunicações breves, até 100 palavras;
b) para monografias e artigos, até 250 palavras;
c) para dissertações e teses, até 500 palavras.


e) Palavras Chave / Keywords

Aparecem depois do resumo e expressam os principais termos do artigo. Geralmente de três a cinco palavras.
palavra chave 1, palavra chave 2, palavra chave 3,
palavra chave 4, palavra chave 5


f) Introdução

Na introdução o tema é apresentado de maneira clara, precisa e sintética. Evite introdução que se refira vagamente ao título do artigo, nem tampouco uma introdução abrupta, que leve o leitor a entrar confusamente no assunto.
Nada de introdução histórica, que remete a questão a seus antecedentes remotos, nem introdução exemplificadora, em que se formulam exemplos ilustrativos acerca do tema.Também não são aconselháveis as introduções que anunciam os resultados da investigação.
Fundamentalmente a introdução deve conter quatro idéias básicas - respostas às perguntas:
- Que fazer? Ou seja, o que será tematizado?
- Por que fazer? Ou seja, por que foi escolhido o tema ?
- Quais são as contribuições esperadas?
- Como fazer? Ou seja, qual será a trajetória desenvolvida para a construção do trabalho empreendido?
De maneira geral, a introdução deve informar sobre:
- antecedentes do tema, ou problema
- tendências
- natureza e importância do tema
- justificativa da escolha do tema
- relevância
- possíveis contribuições esperadas
- objetivos do estudo

g) Desenvolvimento

Em seguida à introdução, construa a moldura conceitual do artigo - referencie autores e estudos assemelhados, ou seja, mostre o apoio teórico ao desenvolvimento do tema objeto do artigo.
Descreva, brevemente, os materiais, procedimentos, técnicas e métodos utilizados para a condução da investigação – abordagem metodológica empreendida.
Os resultados devem evidenciar, conforme os achados da pesquisa: o surgimento de fatos novos, descobertas significativas, contradições com teorias anteriores, bem como relações e efeitos novos verificados. Após análise e avaliação dos resultados, caminha-se para a conclusão.

h) Conclusões

Basicamente o conteúdo da conclusão compreende a afirmação sintética da idéia central do trabalho e dos pontos relevantes apresentados no texto. Considerada como uma das partes mais importantes do artigo, deve ser uma decorrência natural do que foi exposto no desenvolvimento. Assim, a conclusão deve resultar de deduções lógicas sempre fundamentadas no que foi apresentado e discutido no corpo do trabalho, e conter comentários e conseqüências próprias da pesquisa.

i) Referências Bibliográficas

Relação das referências bibliográficas consultadas para elaboração do artigo. Consulte a norma 6023 da ABNT.

Considerações Gerais

- As ilustrações: tabelas, quadros e gráficos são numerados consecutivamente para cada natureza.
- As notas, quando imprescindíveis, são colocadas no rodapé.
- Geralmente os artigos não excedem a 20 laudas com 27 linhas de 70 toques, incluindo ilustrações, notas e bibliografia.
- Quando indispensáveis, as matérias suplementares: cópia de leis, modelos de questionários etc., são anexadas ao final do artigo.



5. 2 Normas para as revistas próprias da UnC


No link NORMALIZAÇÃO do site da UnC-Caçador, constam as normas para a submissão de artigos científicos na Revista Ágora (publicação docente), na Revista Iniciação (publicação discente) e Revista Virtual Extensão.com e, também, para outras publicações da UnC. A recomendação é para a produção de um artigo científico , sempre a partir destas regras básicas:

5. 2. 1 ESTRUTURA

TÍTULO
AUTOR (a/es/as)
RESUMO – PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT – KEY-WORDS
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

5. 2. 2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS AO MODELO

TÍTULO: é aconselhável que se determine o título de acordo com o conteúdo do artigo ou outra preferência; se necessário anexe um subtítulo no mesmo campo.

AUTORIA: Nome por extenso do autor (ou autores, se o artigo for produzido em parceria por dois ou mais, em ordem alfabética)

NOTAS DE FIM: as notas referidas no TÍTULO e na AUTORIA, expostas acima, servem para indicar dados sobre o trabalho e o(s) autor (es). Na Nota nº 1: origem do trabalho, se foi publicado anteriormente, fonte de fomento (financiamento), apoio institucional. Na Nota nº 2: nome do(s) autor (es), filiação científica, currículo vitae resumido; endereço completo, telefone e seu e-mail.

RESUMO: A sinopse deve possibilitar ao leitor avaliar o interesse do artigo sem que se tenha que reportar ao corpo do texto. Para tanto deve conter: tema, objetivos, justificativa, metodologia e resultados e conclusões. Deve compor-se de uma série coerente de frases e não de uma simples numeração de títulos, fornecendo, portanto, uma visão clara e concisa do conteúdo do trabalho, suas conclusões significativas e a contribuição do(s) autor(es).

ABSTRACT: Versão em língua estrangeira do resumo do artigo (preferencialmente em inglês). Este resumo deve ser redigido e não apenas traduzido por meio eletrônico.

PALAVRAS-CHAVE: escolher três termos que sintetizem o escrito. Por exemplo: se o artigo traz resultados de uma pesquisa de campo, envolvendo a informática no ensino de língua inglesa, as possíveis palavras-chave poderiam ser: INFORMÁTICA, LÍNGUA INGLESA, LINGÜÍSTICA APLICADA.

INTRODUÇÃO: focaliza-se a “questão” na literatura para indicar a originalidade e relevância do trabalho. Se apropriado, considerações metodológicas deverão ser introduzidas e identificar os objetivos do estudo.

MATERIAL E MÉTODOS (Procedimento metodológico, metodologia): Informações suficientes deverão ser fornecidas para que se possa avaliar a adequação da abordagem experimental e repetir o experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: os resultados relevantes deverão ser apresentados da forma mais adequada, tais como: texto, figuras, ou tabelas. Outras informações necessárias à interpretação. Os principais resultados deverão ser salientados e discutidos em termos da literatura. Nova (s) informação (ões) e novo (s) conceito (s) que derivam dos resultados deverão ser identificados, bem como as conexões com outros conceitos da literatura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONCLUSÃO): trata-se da recapitulação sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o alcance e as suas contribuições, bem como seu possível mérito. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.

REFERÊNCIAS: No final, segundo a ABNT, listar apenas as fontes citadas no texto.

5. 2. 3 FORMATAÇÃO DO ARTIGO

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

- Título e sub-título
- Autor(a/es/as)2
- Resumo / Abstract
- Título do trabalho: centralizado, em letras maiúsculas e em negrito.
- Os nome(s) do(s) autor(es) na segunda linha após o título alinhado à direita; indicação em nota de fim da entidade científica ou instituição à qual os autores estão vinculados, seus endereços, bem como notificação, caso o trabalho tenha sido apresentado em reunião científica (SEDEPE, SEDEC). Indicar o órgão financiador se houver (POR exemplo: FAP, PAEC).
- Resumo em português e língua estrangeira, com no máximo 250 palavras acompanhado de 03 palavras-chave, nas duas línguas.

ELEMENTOS TEXTUAIS:

- Os títulos devem ser apresentados sem numeração, em letra maiúscula, em negrito, justificados.
- Os subtítulos deverão ser justificados e em negrito, tendo somente a primeira letra em maiúscula.
- Após o título principal deverá constar o nome do autor(es) alinhados à direita, em itálico.
- Os textos devem ser apresentados em folha A4 (210 x 297 mm), margens esquerda e superior 3 cm, e direita e inferior 2 cm, apresentar em 3 (três) vias impressas; e também uma cópia em disquete e/ou em CD. Na etiqueta de identificação deverá constar: título do artigo e nome do autor.
- O nome do arquivo deverá ser o título do artigo, seguido do nome do autor.
- fonte Times New Roman (tamanho 11);
- espaçamento simples;
- Um espaço entre os parágrafos ou (12 pt depois), recuo de parágrafo de 1,25.
- As notas deverão ser explicativas e não de referências, e serem feitas como notas de fim.
- As figuras, fotos, gráficos, fac-símile de documentos, tabelas e quadros devem vir inseridos no corpo do texto;
- O número de laudas (páginas) por artigo não deve ser inferior a 5 (cinco) e nunca superior a 15 (quinze);
- O artigo deverá ser escrito de acordo com as normas gramaticais da Língua Portuguesa, ou em Língua Estrangeira, se o trabalho assim foi estruturado e apresentado.
- As citações: citação curta, na mesma fonte 11, entre aspas, localizada no corpo do texto; citação com mais de três linhas (fonte 10), com recuo de 4 cm da margem esquerda, com espaço simples, sem aspas. As citações longas deverão ser separadas do texto por um espaço antes e um depois ou (12 pt);
- As referências, devem obedecer às normas da ABNT, sendo de no máximo dez.

5. 2. 4 AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO

- Os textos encaminhados às revistas serão submetidos à apreciação de um Conselho Editorial e só serão publicados com a aprovação deste. Quando forem necessárias alterações substanciais, os originais serão reencaminhados aos autores.
- A revisão gramatical é de responsabilidade do autor(es).
- As tabelas, figuras, quadros e gráficos deverão obedecer à Normalização da Universidade do Contestado.
- Não serão publicados artigos contendo algum tipo de informação que promova discriminação social, sexual e/ou religiosa.
- Os conceitos e afirmações contidos nos artigos são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).
- Os artigos não aprovados não serão devolvidos.

5. 2. 5 DIREITOS AUTORAIS

- Ao entregar o seu texto para posterior publicação, o autor estará, automaticamente, cedendo os direitos autorais para a revista.
- À revista reserva-se o direito autoral do trabalho publicado, permitindo-se a reprodução em outro periódico, se indicada a fonte. O mesmo deve ocorrer quando se quer publicar nesta revista, artigos já publicados em outras, desde que seja referenciada a origem na abertura do artigo.

5. 2. 6 ENCAMINHAMENTO

Os trabalhos devem ser enviados ao docente que representa o campus de Caçador na Comissão de Editoração da UnC.



5. 3 Dicas para a produção de um artigo



Aqui vamos nos valer de um trabalho de orientações à produção de trabalhos acadêmicos, dentro da metodologia científica, elaborado pelo Prof. Carlos Honório Arêas Pinheiro, que foi revisto em setembro de 2005. Trata-se de uma orientação institucional da Universidade Anhembi Morumbi, correspondendo a uma adaptação do estilo normalizador de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Foram consideradas as seguintes normas: NBR 6023, NBR 6024, NBR 6027, NBR 6028, NBR 10520 e NBR 14724.


5. 3. 1 ELEMENTOS TEXTUAIS

São considerados elementos textuais, a parte do trabalho em que se apresenta o assunto.

- INTRODUÇÃO
- DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO


INTRODUÇÃO

O título INTRODUÇÃO deve estar escrito à esquerda, na margem normal (sem parágrafo), em letras maiúsculas, fonte 14 e em negrito. A introdução é a primeira parte do "corpo do trabalho" e dela devem fazer parte:
- Antecedentes do problema, tendências, pontos críticos; caracterização do tema e da organização.
- Formulação do problema que inclui: dados e informações que dimensionam a problemática.
- Objetivos: que traduzem os resultados esperados com a pesquisa.
- Justificativas: corresponde a defesa da pesquisa quanto a sua importância, relevância e contribuições.

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

O desenvolvimento corresponde à parte principal do trabalho na qual se faz a exposição ordenada e pormenorizada do assunto; pode ser dividida em seções e subseções; compreende a contextualização do tema e abrange:
- A revisão da literatura: abordagem de teorias e/ou conceitos que fundamentam o trabalho, podendo constituir um ou vários capítulos.
- Os métodos e procedimentos utilizados para coleta de dados: é a descrição da metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho, os procedimentos adotados nas etapas do trabalho no que se referem ao diagnóstico e/ou estudo de caso.
- A apresentação e análise dos dados: nesta parte, são apresentados/descritos os dados e a análise dos mesmos, bem como os resultados alcançados, relacionando-os à revisão bibliográfica, dispondo ao leitor as deduções e conclusões pertinentes ao trabalho com o objetivo de reforçar ou refutar as idéias defendidas.
- As conclusões e/ou considerações finais: referem-se aos dados e resultados encontrados, compreendem o fechamento do trabalho com as indicações e/ou recomendações.


5. 3. 2 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Os elementos pós-textuais são aqueles que complementam o trabalho.

- REFERÊNCIAS
- APÊNDICE
- ANEXOS
- GLOSSÁRIO


REFERÊNCIAS

É um elemento obrigatório, constituído pela relação de todas as fontes consultadas e apontadas no texto que deverão ser relacionadas em ordem alfabética, após três espaços do título REFERÊNCIAS, que vem grafado em letras maiúsculas, fonte 14, centralizado e em negrito. As referências deverão ser feitas com base na NBR 6023.

APÊNDICE

Elemento que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, com o intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Os Apêndices devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.

ANEXOS

Elemento opcional, não elaborado pelo autor, que documenta, esclarece, prova ou confirma as idéias expressas no texto. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos, devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.

GLOSSÁRIO

Elemento opcional que deverá ser empregado sempre que for necessário relacionar (em ordem alfabética) as palavras de uso específico (termos técnicos ou jargão da área), devidamente acompanhado de suas definições de modo a garantir a compreensão exata da sua utilização no texto.




5. 4 Dicas para as Referências



• As referências, de acordo com as normas da ABNT (2002, p.2) são "o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de material", utilizados como fonte de consulta e citados nos trabalhos elaborados.
• A referência é constituída de:
o Elementos essenciais: são as informações indispensáveis à identificação do documento, tais como autor(es), título, subtítulo, edição, local, editora e data de publicação;
o Elementos complementares: são os opcionais que podem ser acrescentados aos essenciais para melhor caracterizar as publicações referenciadas, tais como: organizador, volumes, série editorial ou coleção, etc. Alguns elementos complementares, em determinadas situações, podem se tornar essenciais, é o caso do nº da edição (edição revista ou ampliada).
• Os elementos de uma referenciação são retirados do próprio documento utilizado e devem ser apresentados em uma seqüência padronizada.
• As referências são alinhadas à esquerda, com espaço entrelinhas simples e separadas entre si por espaço duplo.
• O recurso usado para destacar o título - negrito, itálico ou sublinhado - deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo modelo.
• As referências podem aparecer no rodapé, no fim do texto ou do capítulo, em lista de referência ou antecedendo resumos e resenhas.
• As referências constantes em uma lista padronizada devem obedecer sempre aos mesmos princípios; ao optar pela utilização de elementos complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências daquela lista.



5. 5 Dicas para a redação de um texto científico



Aqui, reproduzimos mais “dicas-free”, estas produzidas por João Maurício Adeodato, nas instruções contidas em Redação do trabalho científico:

Como forma de linguagem que é, ao trabalho científico aplica-se, em princípio, as mesmas regras do bem redigir: clareza, concisão, objetividade etc. Cada capítulo deve cuidar de um tema, dentro deles cada subitem tem um assunto específico, cada parágrafo precisa expressar uma idéia, tudo isso em função da unidade e coerência internas quanto a títulos e subtítulos, para que não se repita em uma parte o que já foi dito em outra, atentando rigidamente para as relações contém e está contido etc.

A clareza é fundamental. E o trabalho tem de partir de um suporte de conhecimentos que o leitor divida com o autor. Se o leitor que o autor tem em mente é iniciante, o trabalho deve partir de bases genéricas, senso comum sobre o direito; se o leitor é especializado, o autor pode começar mais especificamente. Mas a regra é a mesma: começar mostrando ao leitor o ponto de partida que se supõe ser dominado por ele. Tudo isso levando também em conta o espaço disponível: trazer a novidade com clareza, sem ser repetitivo ou óbvio. É inútil escrever para si mesmo ou achar que o leitor sabe tudo o que o autor sabe, pois aí tem-se o dilema: quem domina os pressupostos do tema não precisa ler o texto do autor, pois ele nada acrescenta; quem não os domina, simplesmente não compreende patavina do que se diz no trabalho. Ambas as opções deixam a desejar.

Usar gráficos, fórmulas, tabelas e assemelhados pode ser um recurso muito efetivo. Mas é preciso cuidado com aqueles que, muito comumente, mais tornam ininteligível o que se quer explicar.

Evidentemente a linguagem discursiva não é tida como a única forma de comunicação. Os hippies tentaram comunicar-se pelos olhos e coração, e o apelo das experiências telepáticas, cinéticas, holísticas demonstram tal convicção. Mas à linguagem científica, descritiva, só resta o discurso, com pretensões de racionalidade, de entendimento universal, por assim dizer.




Referências


JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Científica. Ênfase em pesquisa tecnológica. 3 ed. revista e ampliada, 2003/I. Disponível em http://www.jung.pro.br. Acesso em 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - referências - elaboração: NBR 6023. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - apresentação de citações em documentos: NBR 10520. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - trabalhos acadêmicos - apresentação: NBR 14724. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Numeração progressiva das seções de um documento: NBR 6024. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
PINHEIRO, Carlos Honório Arêas. Orientações. Metodologia científica para produção de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Universidade Anhembi Morumbi, setembro 2005. Disponível em: http://www2.anhembi.br/html/metodologia/index.html. Acesso em 2007.
ADEODATO, João Maurício. instruções contidas em Redação do trabalho científico.




ANEXO - Normas para Submissão de Artigos na UnC



1 APRESENTAÇÃO

Revistas Ágora (Publicação Docente), Revista Iniciação (Publicação Discente)
e Revista Virtual Extensão.com, e outras publicações da UnC.

Estrutura do Artigo


TÍTULO¹ TÍTULO¹:
Autor(a/es/as)² Autor(a/es/as)²
RESUMO – palavras-chave RESUMO – palavras-chave
ABSTRACT – key -words ABSTRACT – key -words
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS E DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS



2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS AO MODELO


TÍTULO: é aconselhável que se determine o título de acordo com o conteúdo do artigo ou outra preferência; se necessário anexe um subtítulo no mesmo campo.

RESUMO: A sinopse deve possibilitar ao leitor avaliar o interesse do artigo sem que se tenha que reportar ao corpo do texto. Para tanto deve conter: tema, objetivos, justificativa, metodologia e resultados e conclusões. Deve compor-se de uma série coerente de frases e não de uma simples numeração de títulos, fornecendo, portanto, uma visão clara e concisa do conteúdo do trabalho, suas conclusões significativas e a contribuição do(s) autor(es).


ABSTRACT: Versão em Língua estrangeira do resumo do artigo. Este resumo deve ser redigido e não apenas traduzido por meio eletrônico.

PALAVRAS-CHAVE: escolher três termos que sintetizem o escrito. Por exemplo: se o artigo traz resultados de uma pesquisa de campo, envolvendo a informática no ensino de Língua Inglesa, as possíveis palavras-chave poderiam ser: INFORMÁTICA, LÍNGUA INGLESA, LINGÜÍSTICA APLICADA.

NOTAS DE FIM: as notas referidas acima servem para indicar dados sobre o trabalho e o(s) autor (es). Na número 1: origem do trabalho, se foi publicado anteriormente, fonte de fomento (financiamento), apoio institucional; na número 2: Mais nome do(s) autor(es), filiação científica, currículo vitae resumido; endereço completo, telefone (s), e-mail.

INTRODUÇÃO: focaliza-se a “questão” na literatura para indicar a originalidade e relevância do trabalho. Se apropriado, considerações metodológicas deverão ser introduzidas e identificar os objetivos do estudo.

MATERIAL E MÉTODOS (Procedimento metodológico, metodologia): Informações suficientes deverão ser fornecidas para que se possa avaliar a adequação da abordagem experimental e repetir o experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: os resultados relevantes deverão ser apresentados da forma mais adequada, tais como: texto, figuras, ou tabelas. Outras informações necessárias à interpretação. Os principais resultados deverão ser salientados e discutidos em termos da literatura. Nova (s) informação (ões) e novo (s) conceito (s) que derivam dos resultados deverão ser identificados, bem como as conexões com outros conceitos da literatura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONCLUSÃO): trata-se da recapitulação
sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o alcance e as suas contribuições,
bem como seu possível mérito. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.

REFERÊNCIAS: listar apenas as fontes citadas no texto.


3 FORMATAÇÃO DO ARTIGO


3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS


TÍTULO: E SUBTÍTULO
Autor(a/es/as)2
Resumo
Abstract

Título do trabalho: centralizado, em letras maiúsculas e em negrito.

Os nome(s) do(s) autor(es) na segunda linha após o título alinhado à direita;
indicação em nota de fim da entidade científica ou instituição à qual os autores estão
vinculados, seus endereços, bem como notificação, caso o trabalho tenha sido
apresentado em reunião científica (SEDEPE, SEDEC). Indicar o órgão financiador
se houver (exemplo FAP, PAEC).

Resumo em português e língua estrangeira, com no máximo 250 palavras
acompanhado de 03 palavras-chave, nas duas línguas.

3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS:

- Os títulos devem ser apresentados sem numeração, em letra maiúscula, em
negrito, justificados.

- Os subtítulos deverão ser justificados e em negrito, tendo somente a
primeira letra em maiúscula.

- Após o título principal deverá constar o nome do autor(es) alinhados à
direita, em itálico.

- Os textos devem ser apresentados em folha A4 (210 x 297 mm), margens
esquerda e superior 3cm, e direita e inferior 2cm, apresentar em 3 (três) vias
impressas; e também uma cópia em disquete/cd. Na etiqueta de identificação
deverá constar: título do artigo e nome do autor.

- O nome do arquivo deverá ser o título do artigo, seguido do nome do
autor.

- fonte Times New Roman (tamanho 11);

- espaçamento simples;

- Um espaço entre os parágrafos ou (12pt depois), recuo de parágrafo de
1,25.

- As notas deverão ser explicativas e não de referências, e serem feitas notas
de fim.

- As figuras, fotos, gráficos, fac-símile de documentos, tabelas e quadros
devem vir inseridos no corpo do texto;

- O número de laudas (páginas) por artigo não deve ser inferior a 5 (cinco) e
nunca superior a 15 (quinze);

- O artigo deverá ser escrito de acordo com as normas gramaticais da Língua
Portuguesa, ou em Língua Estrangeira, se o trabalho assim foi estruturado e
apresentado.

- As citações: citação curta em fonte 11, entre aspas, localizada no corpo do
texto; citação com mais de 03 linhas (fonte 10), com recuo de 04 cm da margem
esquerda, com espaço simples, sem aspas. As citações longas deverão ser
separadas do texto por um espaço antes e um depois ou (12pt)

- As referências, devem obedecer às normas da ABNT, sendo de no máximo
dez.


4 QUANTO À AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO DOS ARTIGOS


- Os textos encaminhados às revistas serão submetidos à apreciação de um
Conselho Editorial e só serão publicados com a aprovação deste. Quando forem
necessárias alterações substanciais, os originais serão reencaminhados aos
autores.

- A revisão gramatical é de responsabilidade do autor(es).

- As tabelas, figuras, quadros e gráficos deverão obedecer à Normalização
da Universidade do Contestado.

- Não serão publicados artigos contendo algum tipo de informação que
promova discriminação social, sexual e/ou religiosa.

- Os conceitos e afirmações contidos nos artigos são de inteira responsabilidade do(s) autor(es).

- Os artigos não aprovados não serão devolvidos.


5 DIREITOS AUTORAIS:


- Ao entregar o seu texto para posterior publicação, o autor estará, automaticamente, cedendo os direitos autorais para a revista.

- À revista reserva-se o direito autoral do trabalho publicado, permitindo-se a reprodução em outro periódico, se indicada a fonte. O mesmo deve ocorrer quando se quer publicar nesta revista, artigos já publicados em outras, desde que seja referenciada a origem na abertura do artigo.


6 ENCAMINHAMENTO DO ARTIGO:


Os trabalhos devem ser enviados ao membro da Comissão de Editoração de cada campus universitário da UnC.